Carlos Souza Yeshua*
O Brasil, até o ano de 1950, era um país
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5ª Edição para Africa portuguesa |
Mesmo com a mudança do
campo para cidade, a maioria dos brasileiros tem uma memória afetiva
relacionada à Terra em que nasceram seus pais, avôs ou bisavôs, locais que muitos
costumavam passar as férias. É nesse ambiente de relações históricas e
familiares que se ambienta Cangalha
do Vento, do escritor
Luiz Eudes, obra que está na quinta edição e agora publicada pela Editora
Òmnira, para o continente africano, especialmente Angola e os demais países do PALOP
– Países de Língua Oficial Portuguesa.
Os contos da obra revelam as aventuras de
Aristeu, como o seu casamento com a prima Tereza,
o qual gerou descendentes que têm algo em comum: o amor pela Terra onde seus
pais nasceram e fixaram residência. A ligação com esse pedaço de chão, chamado Junco,
cravado no sertão da Bahia, onde se fincaram suas mais profundas memórias, é o
fio condutor de toda narrativa ficcional, uma história capaz de levar o leitor
a pensar na própria saga familiar.
A vida do patriarca Aristeu nunca foi fácil,
no entanto, não faltou a ele coragem para desbravar o desconhecido. Motivado
pela expectativa de transformar sua vida, ele se aventurou pela Floresta
Amazônica e sua cultura da extração de látex, além de ter conhecido a dura
labuta dos tropeiros ao trabalhar com transporte de cacau das fazendas até o
porto, em Ilhéus, antes de voltar para sua Terra e se dedicar a cuidar da
família, composta por uma dezena de filhos.
José
Paulo é quem dá continuidade à história da família, de modo que, assim como o
pai, se aventura pelo Brasil em busca de oportunidade de emprego. Conta,
inclusive, os motivos que o fizeram viajar para São Paulo, uma prática comum
ocorrida no Brasil durante o século XX, caracterizada como retirada dos
nordestinos em razão da seca, pois viam no polo financeiro do País a possibilidade
de não faltar o “pão de cada dia”. Em certo momento da vida, Paulo ouviu seu
coração e fez o caminho de volta, pois desejava se reestabelecer nas Terras em
que seu bisavô, Paulo Vieira de Andrade, chegara há cem anos, aproximadamente.
Outros filhos de Aristeu também têm suas
histórias narradas, como o boêmio, sindicalista e político Israel. E seu irmão
Juvêncio, que se tornou proprietário da Fazenda Baixa Funda, moradia que pertenceu
ao pai, local onde os irmãos foram criados e os seus filhos, por sua vez,
também. Fernando, filho de José Paulo, mantém a paixão dos “Aristeus” pelo Junco;
é nessa Terra que também escolhe construir sua família e preservar a memória
dos seus antepassados.
A novela, assim, tem dois personagens
centrais, que percorrem toda história: o Junco e a família de Aristeu. São eles
que conduzem o leitor por um Brasil cheio de idiossincrasias, lutas e resistências.
Por exemplo, a resistência do sertanejo que peleja contra a seca e o sistema
político perverso, que se alimenta da miséria do povo sem mover uma palha de
forma republicana para acabar com o sofrimento de brasileiros cujo sonho é
viver dignamente. O Junco, a migração para São Paulo e a escassez de chuva (a
qual resulta no sofrimento do Sertão) lembram o famoso livro “Essa Terra”, do
escritor Antônio Torres, e outro livro também ambientando no mágico Nordeste
brasileiro: “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos.
Em resumo, Cangalha do Vento é um livro
tocante, pois transporta o leitor para as lembranças das fazendas de seus avós e
dos pequenos povoados e cidades localizadas distantes das grandes metrópoles,
nos quais a vida passa de forma diferente. Mesmo quem não viveu a referida
experiência se conecta com sua ancestralidade, porque os ancestrais viveram e
lutaram para que seus descendentes pudessem estar onde hoje estão.
Dentre tantas frases marcantes encontradas no livro, destaco a do amigo de Fernando que, ao consultá-lo sobre uma poesia que escrevera como homenagem à sua amada Terra, o Junco, disse: “Que coisa mais poética é o interior!” Por fim, digo que a leitura de Cangalha do Vento é altamente recomendável. Afinal, a obra conta um pouco da história de cada um de nós, de forma que promove reflexões acerca da nossa própria existência.
*É
jornalista e escritor. Presidente da UBESC – União Baiana de Escritores. É autor dos livros: João Alfredo Domingues – pau pra toda obra: a
saga de um português em terras angolanas e brasileiras; Revolução pessoal – seu
próximo desafio. É organizador das antologias: Carta ao Presidente –
brasileiros em busca da cidadania (2012) e Carta ao Presidente – o que deseja o
brasileiro no século XXI (2010). Organizador do Dicionário de Escritores
Contemporâneos da Bahia – Ed. CEPA/2015.
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Oficio de vender preciosidades em alfarrabios Foto: O País |
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'O Picolé' e a visão periferica de Cristiano Sousa |
Os leitores poderão baixar o livro gratuitamente nas redes sociais e páginas do autor: Clube dos autores (https://clubedeautores.com.br/livros/autores/cristiano-sousa); Português. Free-Ebooks.net (https://portugues.free-ebooks.net/profile/690/cristiano-sousa) e no Mapa da Palavra (https://mapadapalavra.ba.gov.br/cristiano-sousa/). “O Picolé” tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal. O livro tem projeto gráfico e editoração de Carlos Alberto Barreto (Movimento Cultural e Editoração Artpoesia), ilustração da capa de Luis Felipe Piorotti e apresentação de Carlos Souza Yeshua.
A história nasceu a partir das inquietações do artista da palavra, que busca em seu dia-a-dia a matéria-prima para sua criação literária. A partir dessa observação, escuta ativa e vivência faz críticas sociais sobre como as comunidades mais pobres são tratadas pelo poder público. “Vejo como os mais carentes são invisibilizados e abandonados à própria sorte, por aqueles que deveriam zelar pelo bem-estar de todos os cidadãos, independente das regiões onde habitam, mas a realidade é bem diferente do esperado: salvo raras exceções, há um descaso total. As políticas públicas não chegam às periferias como deveria chegar, aponta o autor.”
Os mais recorrentes problemas sociais enfrentados pelos desprovidos de recursos financeiros, como as constantes inundações que ocorrem em épocas de chuva nos bairros mais humildes da cidade e a indiferença dos políticos de plantão, no que tange à inexistência de uma política pública eficiente, capaz de ajudar as famílias a enfrentar os períodos chuvosos, que se repetem anualmente, sem uma solução definitiva, aparecem como pano de fundo na composição da narrativa ficcional.
A obra ainda mostra a visão estereotipada da classe média no que diz respeito à vida nas comunidades, como se esses locais fossem desprovidos de cidadãos trabalhadores, que lutam pela dignidade de suas famílias. O autor ressalta que esse pré-julgamento colabora para aumentar o preconceito em relação às pessoas que moram nas referidas regiões periféricas, o que, consequentemente, dificulta ainda mais a inserção no mercado de trabalho formal, ficando como opção de sobrevivência, a informalidade.
O autor– Cristiano Sousa é soteropolitano é seu contato inicial com a literatura ocorreu na escola, onde escrevia poesias e letras de músicas. Seu gosto por escrever textos longos foi adquirindo lendo os clássicos que saíam todos os domingos em uma promoção realizada pelo próprio jornal que vendia, andando pelas ruas da Pituba e Amaralina. Essas experiências de trabalho e leitura tiveram grande impacto na elaboração de seu primeiro romance, O Jornaleiro, em 1999. Mas a decepção de não conseguir publicar esse livro, por falta de verbas, além de ser enganado e lesado por alguns editores, o levou a desistir de escrever por quase dez anos, deixando para traz alguns manuscritos incompletos.
Em 2010 voltou a escrever, e dessa vez, peças teatrais, pois neste ano sua filha e sobrinha começaram a fazer teatro na Biblioteca Infantil Monteiro Lobato. Apenas em 2011, quando comprou seu primeiro computador, conseguiu publicar suas obras, depois de descobrir sites de autopublicacão. Também em 2011 conheceu o projeto Fala Escritor, o qual participa constantemente e divulga suas obras. Depois vieram o Sarau da Onça, o CEPA, dentre outros. Em 2015, junto com amigos, criou o Grupo Poético GB, que atua dando oficinas em escolas, realizando saraus e apresentações em praças, participando de projetos como o Boca de Brasa, e deixando sua marca por onde passa.
Cristiano também é autor dos livros: O jornaleiro, Melissa, Filhos do acaso, Maníacos on-line, A empacotadora, Da janela do meu quarto (romances); Um novo começo, Rumo ao novo mundo, O julgamento de Adão (religiosos); Nem te contos! (contos) e Rosas tenras (poesias).
Fonte: ASCOM/Revista Òmnira
Matéria: Carlos Souza Yeshua
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Foto: Divulgação |
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Lolinha Filo Sami uma revelação guineense |
The Champion Sir Hamilton
O piloto sete vezes campeão mundial de Fórmula 1 “Sir” Lewis Hamilton, 35 anos, que recebeu o título de SIR - Cavaleiro do Império Britânico, o que o coloca no topo da lista do mais novo "Sir", segundo a lista dessa honraria para o Ano Novo do Reino Unido, lista publicada nessa quarta-feira (30/11). Foi também neste ano, que o britânico, se tornou o piloto de maior sucesso na F1 ao igualar o recorde de (7) sete títulos mundiais do alemão Michael Schumacher e ultrapassar as suas 91 vitórias.
2021 terceira edição |
RESULTADO:
1º LUGAR:
Pedro Franco do Rio de Janeiro/RJ-Brasil, com o conto:
GENTE FINA
Ele usava “pince-nez” e ela “lorgnon”. Ele via as
horas em Patek Philippe de bolso, ela as perguntava. Tinham títulos
universitários, tirados na Sorbonne, só que nunca trabalharam. Viviam de
rendas, deixadas pelas famílias. Eram primos de distante parentesco e tinham
muitos sobrenomes e se tratavam na intimidade por diminutivos. Não mais parentes.
Eram sociáveis e frequentavam ocasionalmente o Country. Riam dos escândalos no
"café-society" e dos que agora ganhavam dinheiro e pagavam para
aparecer nas colunas sociais. Detestavam política e não votavam, porque corriam
para Paris em épocas de eleição, ainda que julgassem muito interessantes as
democracias e os movimentos contra a fome em Bangladesh. Nunca procriaram, embora
achassem crianças bonitinhas. Liam os clássicos e citavam Joyce e Proust por
qualquer motivo. Foram envelhecendo com a mesma rotina e indo às festas das
pessoas bem nascidas. E os convites começaram a rarear. Evitavam enterros e
lugares da moda. Por fim morreram envenenados por gás. Suas mortes foram
percebidas, quando começavam a feder. O guarda noturno chamou a polícia, ao
sentir da rua cheiro de gás. E os empregados não avisaram? Estavam acostumados
a chegar pela manhã e encontrar a mansão do Jardim Botânico fechada. Os
patrões, bons porque pagavam bem, pouco falavam com eles e iam para a França,
sem avisar. Era recorrer a quem os representava e receber ordens. Fifi e Lulu estavam
vestidos a rigor, corpos em decomposição, caídos em bergeres, a cerca de três
metros uma da outra. Havia dois copos com restos de sonífero no champanhe
Cristal, com garrafa aberta. Não havia bilhete de despedida, ou testamento.
Também desparecera a fortuna. Naquele mês o saldo no banco era diminuto. Com a
venda da mansão se pagou empregados, últimas contas, imposto de renda e a firma,
que administrara os bens do casal por sessenta anos. Não deixaram dívidas, nem
saudades.
2º LUGAR:
Regina Ruth Rincon Caires de Araçatuba/SP-Brasil, com o conto:
ETERNO PESAR
No silêncio da madrugada, da outra casa,
parede-meia, eu conseguia ouvir desaforos sussurrados, choro abafado, gemidos
de dor. E isso acontecia recorrentemente.
No claro do dia, eu via um casal
normal, afora o olhar esquivo da mulher. Reticente, evitei a aproximação. Era o
comportamento costumeiro, não cabia invasão da privacidade. O relacionamento,
unidade blindada, pertencia somente aos envolvidos.
E, da crueldade velada, da violência reiterada, nunca ouvi pedido de socorro. Apenas o estampido.
MENÇÃO HONROSA:
Josafá Paulino de Lima de Campina Grande/PB-Brasil, com o conto:
AL BEDU
O corpo deitado. A boca seca costurada
num silêncio de pedra. A mão engelhada, tostada pelo sol. As unhas negras
ensebadas deslizavam feito lesma procurando luz. As tábuas velhas do barco,
incrustadas de piche, era a face podre do mundo. A mão direita exangue tateando
fragmentos esbranquiçados de ostras deixava rastro.
Na outra mão, a carta do último
beduíno. Aquele sábio que jamais seria visto e nem esquecido, mas que
permaneceria nele para sempre. Como pele.
Ainda era madrugada, a água batia
gelada respingando sobre a carta e o sol era apenas uma miragem tremulando no
horizonte esfumado.
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Dicionário nordestino de escribas |
Sensível ao momento difícil que vive o Brasil,
devido à pandemia do novo coronavírus e atendendo ao número de solicitações, a
União Baiana de Escritores – UBESC prorroga até o dia 30 de novembro de 2020,
as inscrições para a primeira edição do Dicionário
de Escritores Contemporâneos do Nordeste (Ed. Òmnira), uma publicação em parceria com a
Revista Òmnira e organização do jornalista,
escritor e editor Roberto Leal. A obra biobibliográfica será publicada na
versão impressa e e-book, e contará com verbete de autores com livro publicado,
nascidos ou residentes em todos os estados do Nordeste brasileiro (Alagoas, Bahia, Ceará,
Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe), que tenham interesse em ampliar a divulgação do
seu trabalho artístico literário. Interessados podem obter todas as informações via e-mail: ubesc2013@yahoo.com.br ou WhatsApp:71 98736-9778.
Com o Dicionário de
Escritores a UBESC tem o objetivo de ampliar as relações com os artistas da
palavra dessa importante região, que deu ao Brasil e ao mundo nomes como Graciliano Ramos,
Jorge Amado, Rachel de Queiroz, Ferreira Gullar, Ariano
Suassuna, João Cabral de Melo Neto, Francisca Miriam,
Nísia Floresta, Tobias Barreto e tantos outros escritores que enriqueceram e
enriquecem a literatura nacional. Na contemporaneidade existem inúmeros autores
conhecidos, em muitos casos, apenas em suas regiões e a UBESC almeja expandir o
alcance desses guardiões das palavras, muito além das fronteiras de seus
estados.
Para
Roberto Leal, que fundou a UBESC e
também realiza um trabalho de divulgação da literatura brasileira em países
africanos de Língua Portuguesa, esse novo trabalho busca registrar uma parcela
significativa de autores que estejam em pleno processo criativo nessa era, e,
além disso, publicando livros nos mais diversos gêneros literários. A
instituição almeja fazer algo relevante para a classe de escritores, não apenas
da Bahia, mas em uma perspectiva que englobe todo Nordeste. “A importância do dicionário
está no armazenamento dessas informações que ficarão para o futuro da
literatura brasileira”, justifica o organizador.
Na
visão de Valdeck Almeida de Jesus, diretor da UBESC e um dos maiores promotores
de saraus de poesia da Bahia, o dicionário é um importante registro histórico
dos artistas da palavra, porque faz um recorde do momento. “Através dele (dicionário)
as gerações futuras terão informações biográficas e culturais de uma geração
que movimenta a cena cultural. Além de servir como forma de intercâmbio entre
os participantes, ampliar os horizontes e chegar às mãos de pesquisadores,
jornalistas e leitores”, explica Jesus.
Em 2015, o jornalista Carlos Souza Yeshua, que também integra a
direção da UBESC, organizou o Dicionário de Escritores Contemporâneos da Bahia
(Ed. CEPA/BA). Agora é um dos apoiadores da realização desse novo dicionário,
que pretende ser ainda mais amplo por acolher nove estados da federação. “Para
que a obra de um escritor seja amplamente conhecida e reconhecida é necessário
promovê-la continuamente. Não existe marca famosa sem marketing, publicidade e
propaganda. E com o trabalho artístico não é diferente, portanto, é fundamental
investir em divulgação. O escritor também deve reforçar sua marca e marketing
pessoal”, aconselha o jornalista. Yeshua reforça ainda que o dicionário é um
instrumento singular de promoção do escritor, tanto para o presente, como para
o futuro.
Investimento e divulgação – Como a publicação do projeto não conta com
financiamento público ou empresarial, o custo da publicação será financiado
coletivamente pelos próprios participantes. O investimento será de R$ 200, (a
vista) ou em 2 parcelas de R$ 100 (com direito a 2 exemplares impressos –
entregues via ECT, e acesso a versão e-book).
A perspectiva é de uma
tiragem de 1.000 (mil exemplares), que também serão distribuídos a entidades,
bibliotecas, veículos de imprensa, universidades, Academias de Letras e centros
culturais. Dessa forma reforçará o processo de divulgação desse registro
literário, beneficiando a carreira e preservando a memoria e história de
centenas de escritores veteranos ou iniciantes, anônimos ou famosos. Os dois
estados que tiverem o maior número de participantes terão lançamento oficial
com a presença da direção da UBESC.
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Ângela Krainer é Angola in Áustria |
Ângela de Sousa Simões Krainer, cidadã angolana, naturalizada austríaca, e que foi eleita, na quarta-feira próxima passada (21/10), Membro da Assembleia da Freguesia de Mariahilf, pelo SPO - Partido Social Democrata, depois das eleições realizada no dia 11 do mês em curso, em Viena, capital da Áustria.
Ela que nasceu no bairro da Vila Alice, em Luanda, capital de Angola/África, é a primeira angolana a ocupar o cargo, naquele país da Europa. Angela Krainer pretende trabalhar projetos que visem melhorar as condições de vidas das mães solteiras, principalmente na questão da moradia... Quer lutar em favor da baixa no preço do aluguel de imóveis. “O custo de vida na Áustria é tão elevado que, em muitos casos, uma só pessoa não consegue pagar a renda de uma moradia, justificou.
Ela também pretende trabalhar a relação do jovem com as novas tecnologias, a maneira como os jovens faz o uso das redes sociais em excesso, devendo isso ser substituído pela prática esportiva. “Acho que com um bom trabalho, o desporto pode ajudar a moldar, despertando atenção desses jovens, para uma vida saudável, sem as dependências dos telefones e computadores, disse.
O Partido Social Democrata elegeu 16 vereadores, sendo a angolana a 14ª eleita na lista do seu partido.
Texto: Roberto Leal
Foto: Divulgação
Felder Christian Simoes mais conhecido in Angola por “Discípulo de Agostinho Neto”, foi porque ainda pequeno, aquele menino fininho, recebeu como oferta em uma atividade, o livro de poesias “Sagrada Esperança” do Dr. Antônio Agostinho Neto e sempre que havia festivais na escola ele declamava seus poemas, vindo se tornar seu ídolo. Quando começou a escrever os seus próprios textos, em 2007 escreveu um poema homenageando África e declamou n’uma atividade da Juventude in Luanda e o público o aclamou, lhe chamando de Agostinho Neto, e assim pelas ruas, por onde quer que passe ele é o ‘Discípulo de Agostinho Neto” e não duvide disso.
Quem não conhece in Angola o poeta recitador “Discípulo de Agostinho Neto”, não conhece a poética juvenil angolana que se destaca e sobressai nas arquibancadas dos ginásios, dos auditórios das escolas, universidades e espaços culturais; ele é membro do Movimento Lev’arte Luanda; fez formação básica em Criação Literária pela UBESC – União Baiana de Escritores/Brasil, com o jornalista, escritor e editor brasileiro Roberto Leal; é um assíduo participante das tardes poéticas da União dos Escritores Angolanos, no espetáculo poético semanal “Poesia a Volta da Fogueira”. Ele que tem publicações na revista angolana de Literatura “Òmnira”, participou do elenco de autores da coletânea poética Kiximanu, Ed. Òmnira/BA-Brasil 2015, 140 páginas (13 autores), Kiximanu que em língua nacional Kimbundo quer dizer “homenagem”. Ele que se destaca também na sua carreira de modelo internacional com trabalhos em Angola e na Namibia e Zambia/África.
A obra tem capa do designer angolano Edvaldo Adriano, escrita em inglês e traduzida para o português de Portugal, pelo estudante de Letras e poeta angolano Perisvaldo De Sara, tem apresentação do escritor angolano John Bella e tem assessoria editorial do jornalista e editor brasileiro Roberto Leal. “Este é um livro para todas as idades com o objetivo de motivar as pessoas na auto confiança em todos os ramos de suas vidas”, disse Felder. Discípulo de Agostinho Neto, surge no melhor estilo Go back, breve in Angola/África.
Foto: Divulgação
Texto: Roberto Leal
Fonte: ASCOM/Revista Òmnira
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Projeto anterior foi um sucesso |
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Meninas Mumuilas foto: Roberto Leal |
Jornalista Roberto Leal com garotos(as) do povo Muíla |
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Mulher Mucubal |
Homens da tribo Mucubal vendendo melancias na beira da estrada |
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Mulheres da tribo Mucubal |