Nasceu em 1991, no município de Bembe, província do Uige/Angola. Atualmente trabalha como professor na explicação "Mundo do Saber-Uige" e freqüenta o ensino superior na Universidade Kimpa Vita, na Faculdade de Economia. É presidente nacional do Movimento Literário Kutanga; tem participado ativamente da vida litero-cultural da província do Uige, seja produzindo eventos, como também participando. Tem no prelo o livro de poesias "Consolo de Alma Ferida - A Poecrosia" e publica na Revista Òmnira/Brasil a coluna “Movimento Kutanga”, dentro do intercâmbio da UBESC – União Baiana de Escritores, Revista Òmnira & Movimento Literário Kutanga.
Três tons de Cinza
*Garcia Pedro Teleka
Nasceu em 1991, no município de Bembe, província do Uige/Angola. Atualmente trabalha como professor na explicação "Mundo do Saber-Uige" e freqüenta o ensino superior na Universidade Kimpa Vita, na Faculdade de Economia. É presidente nacional do Movimento Literário Kutanga; tem participado ativamente da vida litero-cultural da província do Uige, seja produzindo eventos, como também participando. Tem no prelo o livro de poesias "Consolo de Alma Ferida - A Poecrosia" e publica na Revista Òmnira/Brasil a coluna “Movimento Kutanga”, dentro do intercâmbio da UBESC – União Baiana de Escritores, Revista Òmnira & Movimento Literário Kutanga.
Três tons de Cinza *Garcia Pedro Teleka |
100 ter medo de falar
sinto medo no olhar,
o que a ave viu no polar
do sol sem refresco do mar,
10de que tudo aconteceu
100 ter medo no falar,
só se vive no sonhar.
100 ter medo no desfolhar
sinto medo do ouvir falar,
do alheio que se constrói
com o tempo que já se foi,
no canto que já cantei
não faltou a cinza no andar,
dos toques que já demonstrei
vi o suor com sabor de herói.
100 arruinar a minha alma
segredos escondidos se destroem,
com viveres que se confundem
no falar que se escondem.
Vento assassino
Coração amado ferido
volta logo no leito
nem parece crime leigo
com fé perdida, nego
veia surrada à baixo
da vítima encarnada
na cor da paixão
suspiro meigo...
Sem luta...
Sem luz negra.
Com ou sem emoção
mas dá solução.
Vento venenoso e assassino
rasgou as minhas vestes
de suor com dor...
No peito, sai o som do coração
que bate feito bomba.
No asfalto da batalha
aparece um lençol feito toalha
que deixa a minha amada nua.
Vento venenoso com velocidade
bate na pontada da bébada fina.
Com o tempo que nunca tarda!
Olhares desapontam a mentira.
Onde aparece a vida
vale apenas vive-la.
A poetisa angolana Zenaide Fernando publica também usando o pseudônimo de "Docinho de Mel". Escritora que carrega na sua literatura o perfil lirico da sensualidade e do romantismo poético africano. Tem o livro de poesias "Desejos de Mulher" no prelo. É um dos poetas angolanos participante da coletânea poética KIXIMANU, Ed. Òmnira/BAHIA-Brasil 138 páginas e é colaboradora da revista brasileira de Literatura "Òmnira". Tem poesias publicadas nos sites, do Brasil: Artefacto (https://www.tumblr.com/dashboard) e Revista Òmnira, in "Poesia Lusófona" (www.fundacaoomnira.com.br), ambos do jornalista e editor brasileiro Roberto Leal.
100 ter medo de falar
sinto medo no olhar,
o que a ave viu no polar
do sol sem refresco do mar,
10de que tudo aconteceu
100 ter medo no falar,
só se vive no sonhar.
100 ter medo no desfolhar
sinto medo do ouvir falar,
do alheio que se constrói
com o tempo que já se foi,
no canto que já cantei
não faltou a cinza no andar,
dos toques que já demonstrei
vi o suor com sabor de herói.
100 arruinar a minha alma
segredos escondidos se destroem,
com viveres que se confundem
no falar que se escondem.
Vento assassino
Coração amado ferido
volta logo no leito
nem parece crime leigo
com fé perdida, nego
veia surrada à baixo
da vítima encarnada
na cor da paixão
suspiro meigo...
Sem luta...
Sem luz negra.
Com ou sem emoção
mas dá solução.
Vento venenoso e assassino
rasgou as minhas vestes
de suor com dor...
No peito, sai o som do coração
que bate feito bomba.
No asfalto da batalha
aparece um lençol feito toalha
que deixa a minha amada nua.
Vento venenoso com velocidade
bate na pontada da bébada fina.
Com o tempo que nunca tarda!
Olhares desapontam a mentira.
Onde aparece a vida
vale apenas vive-la.
A poetisa angolana Zenaide Fernando publica também usando o pseudônimo de "Docinho de Mel". Escritora que carrega na sua literatura o perfil lirico da sensualidade e do romantismo poético africano. Tem o livro de poesias "Desejos de Mulher" no prelo. É um dos poetas angolanos participante da coletânea poética KIXIMANU, Ed. Òmnira/BAHIA-Brasil 138 páginas e é colaboradora da revista brasileira de Literatura "Òmnira". Tem poesias publicadas nos sites, do Brasil: Artefacto (https://www.tumblr.com/dashboard) e Revista Òmnira, in "Poesia Lusófona" (www.fundacaoomnira.com.br), ambos do jornalista e editor brasileiro Roberto Leal.
Nossa sintonia
*Zenaide Fernando
Aquele momento em que a entrega é mútua
o prazer é um objectivo e a satisfação o alvo a atingir,
o querer sentir dos nossos desejos um no outro.
Aquele minete demorado bem gostoso
parece um interminável sofrimento, mas
que faz gozar e nunca queremos que acabe...
É o teu olhar no meu e o gozo da satisfação
a chance única de te ter todinho só para mim,
é este orgasmo prazeroso que nos faz levitar.
O sentimento egoísta do meu e o teu prazer
num foco único, de amar e ser amado...
É assim que eu me sinto quando fazemos amor
é assim que eu me vejo dona do teu querer,
um simples toque no olhar...
Beijo de uma Boca Desconhecida
Nossa sintonia
*Zenaide Fernando
Aquele momento em que a entrega é mútua
o prazer é um objectivo e a satisfação o alvo a atingir,
o querer sentir dos nossos desejos um no outro.
Aquele minete demorado bem gostoso
parece um interminável sofrimento, mas
que faz gozar e nunca queremos que acabe...
É o teu olhar no meu e o gozo da satisfação
a chance única de te ter todinho só para mim,
é este orgasmo prazeroso que nos faz levitar.
O sentimento egoísta do meu e o teu prazer
num foco único, de amar e ser amado...
É assim que eu me sinto quando fazemos amor
é assim que eu me vejo dona do teu querer,
um simples toque no olhar...
Beijo de uma Boca Desconhecida
Jamais esquecerei aqueles lábios
maravilhosamente esculpidos nos meus...
Devoraste-me com um beijo
as nossas línguas entrelaçaram-se
e os nossos fôlegos confundindo-se
num momento ímpar que parecia interminável...
Tenho saudades desse beijo
beijo de uma boca desconhecida...
Doce Pimenta
Eu sou o doce que te enlouquece,
o doce que adoça tuas manhãs frias.
Tu és minha pimenta que apimenta meus dias
a doce pimenta que graceja meus anseios,
me ilude de paixão em chamas sem fim.
Me ama e me apimenta
todos os dias na minha cama,
eu sou o doce que goteja teus lábios
que emanam sensações no grito do gemido.
És a pimenta que embebeda meu corpo,
no enlace da lua e do sol, da noite e do dia.
Doce pimenta!
Tão doce, tão afável, tão meiga e tão ingénua
tão pimenta, tão estimulante e tão audaciosa.
Doce pimenta… O doce com menta.
Teu adeus
Surgiste no meio do nada
entre 4 paredes da sala da minha casa,
eras o meu homem
aquele que eu desejava em meu leito,
todos os dias todas as noites
todas as horas e todos os momentos.
Minha paixão por ti era tão desmedida tão pura
que jamais te imaginei dizer adeus,
eu te tinha como um pedestal.
Eras o meu companheiro
chato! Mas eu amava,
eras meu amante
teimoso! Mas eu adorava.
Surgiste no meio do nada
entre 4 paredes da sala da minha casa,
o céu totalmente escuro
como que em solidariedade ao momento,
indícios de uma iminente chuva de verão.
Pousaste tua mão no fundo das minhas costas
provocando-me um arrepio,
este toque absolutamente inócuo
despertou em mim uma luxuria,
era o teu adeus!
Levantei a cabeça e apoderei-me da tua boca
num beijo temperado pelo sal das minhas lágrimas,
queria magoar-te e dar-te prazer
neste abandono deliciosamente erótico.
Beijo no luar do vampiro
Noite escura sem estrelas
apenas a imensidão do luar
n’uma roda gigante no meio do céu
fazia charme no seu semblante.
E entre sete palmos abaixo da terra jazia
Maria Teresa vampira das sete mortes
cravado no sangue a sede de vingança.
Vingar sua morte sobre o túmulo do seu amante
o uivar dos lobos, o piar, o guinchar e o rugir dos
leões
compunham a harmonia do som das trevas.
Maria Teresa vampira das sete mortes
acordara do seu descanso de há sete décadas
para uma madrugada prazerosamente sangrenta.
No seu olhar nocivo reinavam ódio e abominação
na sua pele o desejo carnívoro de um homem em seu
coito
trajava um vestido de seda viscose vermelho cor de
sangue.
Na sétima campa, em angústias e aos prantos chorava
um homem
Pela morte da sua amada, que acabara de ser
enterrada neste dia.
Enquanto Maria Teresa vampira das sete mortes o
analisava
imaginara tatuar sua marca com o poder dos seus
dentes
naquele deslumbrante pescoço, fino e distinto.
Maria Teresa vampira das sete mortes fez daquele
homem
seu escravo dando-lhe de beber por entranhas seu
gozo
seu júbilo há muito tempo adormecido numa taça em
vinho/sangue.
Cravando seus dentes e matando sua sede de vingança
sob o túmulo do seu eterno amante
Maria Teresa vampira das sete mortes jaz a sete
palmos abaixo da terra.
Jamais esquecerei aqueles lábios
maravilhosamente esculpidos nos meus...
Devoraste-me com um beijo
as nossas línguas entrelaçaram-se
e os nossos fôlegos confundindo-se
num momento ímpar que parecia interminável...
Tenho saudades desse beijo
beijo de uma boca desconhecida...
Doce Pimenta
Eu sou o doce que te enlouquece,
o doce que adoça tuas manhãs frias.
Tu és minha pimenta que apimenta meus dias
a doce pimenta que graceja meus anseios,
me ilude de paixão em chamas sem fim.
Me ama e me apimenta
todos os dias na minha cama,
eu sou o doce que goteja teus lábios
que emanam sensações no grito do gemido.
És a pimenta que embebeda meu corpo,
no enlace da lua e do sol, da noite e do dia.
Doce pimenta!
Tão doce, tão afável, tão meiga e tão ingénua
tão pimenta, tão estimulante e tão audaciosa.
Doce pimenta… O doce com menta.
Teu adeus
Surgiste no meio do nada
entre 4 paredes da sala da minha casa,
eras o meu homem
aquele que eu desejava em meu leito,
todos os dias todas as noites
todas as horas e todos os momentos.
Minha paixão por ti era tão desmedida tão pura
que jamais te imaginei dizer adeus,
eu te tinha como um pedestal.
Eras o meu companheiro
chato! Mas eu amava,
eras meu amante
teimoso! Mas eu adorava.
Surgiste no meio do nada
entre 4 paredes da sala da minha casa,
o céu totalmente escuro
como que em solidariedade ao momento,
indícios de uma iminente chuva de verão.
Pousaste tua mão no fundo das minhas costas
provocando-me um arrepio,
este toque absolutamente inócuo
despertou em mim uma luxuria,
era o teu adeus!
Levantei a cabeça e apoderei-me da tua boca
num beijo temperado pelo sal das minhas lágrimas,
queria magoar-te e dar-te prazer
neste abandono deliciosamente erótico.
Beijo no luar do vampiro
Noite escura sem estrelas
apenas a imensidão do luar
n’uma roda gigante no meio do céu
fazia charme no seu semblante.
E entre sete palmos abaixo da terra jazia
Maria Teresa vampira das sete mortes
cravado no sangue a sede de vingança.
Vingar sua morte sobre o túmulo do seu amante
o uivar dos lobos, o piar, o guinchar e o rugir dos
leões
compunham a harmonia do som das trevas.
Maria Teresa vampira das sete mortes
acordara do seu descanso de há sete décadas
para uma madrugada prazerosamente sangrenta.
No seu olhar nocivo reinavam ódio e abominação
na sua pele o desejo carnívoro de um homem em seu
coito
trajava um vestido de seda viscose vermelho cor de
sangue.
Na sétima campa, em angústias e aos prantos chorava
um homem
Pela morte da sua amada, que acabara de ser
enterrada neste dia.
Enquanto Maria Teresa vampira das sete mortes o
analisava
imaginara tatuar sua marca com o poder dos seus
dentes
naquele deslumbrante pescoço, fino e distinto.
Maria Teresa vampira das sete mortes fez daquele
homem
seu escravo dando-lhe de beber por entranhas seu
gozo
seu júbilo há muito tempo adormecido numa taça em
vinho/sangue.
Cravando seus dentes e matando sua sede de vingança
sob o túmulo do seu eterno amante
Maria Teresa vampira das sete mortes jaz a sete
palmos abaixo da terra.
Solange "Tchissolany Leal", nascida aos 16/07/1992. Natural de Porto Amboim, província de Kuanza Sul/Angola, lançou - se para o mundo literário no ano de 2010, quando construiu seu primeiro poema e até aos dias de hoje não mais parou. Faz parte do Colectivo de Artes Pedro Belgio e do Movimento Berço Literário. Poetisa contemporânea, não tem nenhuma obra publicada em impresso, mas, terá participação na próxima edição - Número 11, da revista brasileira de Literatura "Òmnira", na coluna "Letras das Províncias". Tem poesias publicadas nos sites, do Brasil: Artefacto (https://www.tumblr.com/dashboard) e Revista Òmnira, in "Poesia Lusófona" (www.fundacaoomnira.com.br), ambos do jornalista e editor brasileiro Roberto Leal. É Filha de João de Sousa Leal e de Maria Teresa Fernando.
Sonhos
*Tchissolany
Leal
Quando
você acordar
saiba que passei bem,
perto de sua janela
levei seu coração,
pois estava a minha espera
colocaste ele de segurança.
Como, se é mais frágil que você?
Eu passei
mas deixei algo em troca,
o perfume dos ventos
que te irão envolver,
em meu nome,
desta vez não vim para domar
só vim mesmo amar...
Abraça
Abraça
me despe a raça,
meu olhar no teu disfarça
teu sorriso criança renasce em mim
a esperança que me
abraça.
A mente que jaz,
traz a lembrança da
herança de meus pais .
Fala-me de vida
dar-me vida
embora meus olhos ensanguentados,
minha boca com sabor de
escuridão e
meu coração que ainda desconhece o perdão .
Ainda assim fala-me
para que a leviandade dos actuais tempos,
tornem meu corpo folha de árvore
minha mente árida como o Sara.
Fala-me de vida
sara as feridas com palavras de mel,
põe no meu coração o céu da aliança
para que a mudança perfeita seja.
Encoraja
o homem novo.
Oh! Velha pátria, para que teus pastos
verdejem como o jardim do Éden.
Atravessa vá paralem
do além,
agora convém que cresças em força e
meus olhos ensanguentados vêem
transparecer a esperança do verde.
E assim fale-se de vida
dê-me vida,
agora e todo sempre.
Sal
Mãe a tinta é pouca
para esta carta que
lhe começo escrever,
é tamanha dor
para tatuar por estas
brancas folhas e
como a nada me alivia
borrarei as páginas,
com sangue que ainda
me resta.
Quantas Áfricas terei de inventar
para decepar
a dor?
Quantos sepulcros terei de abrir
para enterrar as lágrimas?
Quantas vidas!
Oh! Quantas vidas,
terei que ver morrer
ate chegar a minha
vez?
Mãe é pouca a tinta
para esta carta que
acabo
de lhe escrever,
a tinta é pouca
para este sal que descrevo.
Muito mais que um poema
Não são simples palavras bonitas
não é um amontoado de frases,
não são fases, nem momentos
nem passageiros ao trem,
são sentimentos verdadeiros
são luzes aos olhos,
daqueles que não têm.
Entre as rosas e nuvens
há muito mais que um poema,
é o que tenho para ti dar
maior que todos os desejos,
é aquilo que faz ultrapassar
o meu
tocar em um beijo.
É ti viver muito mais ainda
imagina tu amor meu!
Mais que a minha própria vida.
Os versos faz-me tocar o invisível,
como é maior o que proponho,
Jesus ao coração trouxe o que te dou
muito mais que um poema.
Tudo que seja apenas amor!
Roberto Leal é jornalista (DRT/BA 3992), escritor, repórter fotográfico, editor, ativista cultural e palestrante, nascido em Salvador, a 29 de abril, nos Alagados, hoje bairro do Uruguai, na Bahia/Brasil. Autor de Cárcere de Poemas (2000), C'alô & outros poemas(2012) ambos esgotados e C’alô & Crônicas Feridas (2ª Edição - 2014) todos pela Ed. Òmnira/BA. É colaborador em jornais como A Tarde e Tribuna da Bahia, revistas e periódicos no Brasil e exterior, é editor da revista de literatura “Òmnira”, organizador de dezenas de coletâneas e antologias em poesia e conto, tem mais de 600 trabalhos editados/publicados entre poesias, contos, crônicas e artigos, ao longo dos seus quase 30 anos de atuação.
Em 1983 publicou seu primeiro poema no jornal A Defesa, de Santo Amaro da Purificação/BA, em 1995 começa a escrever a coluna "Notas de Sampa", no Jornal Grande Salvador, onde escrevia as novidades culturais dos baianos em SP, onde morava na época, estreou como contista na coletânea Bahia de Todos em Contos, Ed. Òmnira/BA-2003 Vol. II, publicou na coletânea poética "Salvador 460 Anos de Poesia", Ed. Òmnira/BA-2009. É verbete no Dicionário de Autores Baianos, SCT/BA, 2006, pág. 106. É presidente da Òmnira Editoração & Revista, Ex-diretor de Cultura e Relações Públicas do CEPA - Círculo de Estudo Pensamento e Ação, de 1983 a 1998. Personalidade Literária Brasileira – 2003, pela Poebrás/GO, Casa do Poeta Brasileiro. É presidente-fundador da UBESC - União Baiana de Escritores e membro da IWA – International Writers and Artist Association (USA), primeiro lugar no XII Concurso Nacional PoeArt de Literatura 2013, com a poesia revolucionária “Sede de Justiça”.
Como editor coordena anualmente o Prêmio Internacional de Literatura Professor Germano Machado, realizado pela UBESC e Editora Òmnira que vem revelando novos valores literários, tendo abrangência internacional em língua portuguesa. É curador do ENEB - Encontro de Escritores Baianos. Tem trabalhos publicados em livros em Portugal, Estados Unidos e França. Produtor cultural na área literária com eventos realizados na BA/CE/MG/PB/RJ/SE/SP e RS, presta assessoria editorial e de imprensa a escritores, entidades e interessados em publicar seu livro. Como editor trabalha um intercâmbio com países de língua portuguesa, já tendo publicado escritores de Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Portugal e Timor Leste na revista “Òmnira” de literatura.
Roberto Leal já publicou também sob o pseudônimo de Beto Correia (1983 a 1990) em várias antologias e coletâneas quando do início da sua carreira literária, quando também publicou dois folhetos xerografados Poemas c/ Fome e Segredos (extintos).
África ma(s)dura
*Roberto Leal
Ei! Dê-me somente um minuto
que quero lhe poder falar.
Desse amor que rasga a carne fraca
se confina em todas as veias,
usurpa todos os meus poros
buscando refletir nos olhos,
nos gestos das próprias mãos e
nas palavras proferidas dos lábios
o que é um louco de paixão.
Você esculpida com clareza
contaminando com sua pureza,
os segredos do meu coração
castigado pela palavra dura,
dessa mãe África madura
que me arrasta pro comichão,
por todos os cantos da casa
por todos os ângulos do nada,
lugares por onde quer que ande
pessoas com quem quer se encontre,
o sentido é preciso encontrar
para voltar talvez no tempo e
por direito deixar de sonhar,
com você que não me sai da cabeça,
que por favor no peito adormeça e
me deixa a deriva amar (la)!
100
pressa-gio
20ver 80mente
100 precisar ter 1000has e
1000has
de
mar & saudades,
como 100pre a
cada encontro.
Como não pode ir. 20 buscar!
Para ti ter 80da aos
meus beijos
100precisar
60ir
traída,
prá ñ ter q só-frer 10ilusão
devo finKr meu
brasão família,
não quero usar Km’s
de K para lá.
Ai... Direi a tu quem
sois!
A razão que habita em mim e
tranc’África
meu
coração.
Deixa marcado passo e compasso
nesse con-fuso
horário,
q vivo a contar estas 4
hs,
traduz 240 minutos de ama-aço
ou
1440 segundos de imagen-ação,
contracenando gozos apimentados e
100
pressa de voltar do
delírio
de batucar no céu melado,
daquela carnuda negra
boca
na klada da noite
de Luanda,
depois do Cabrité com Gidungo e
algumas knecas de
Fino prazer.
60 Aqui nós 2
Seja como for x
para
tê-la + perto,
poder
se12-la
é como 2ª chance,
com – desertos.
Me vem 1 caminho
de affair 99% melado,
até êxtases ÷ em
em teras e taras.
100querer peito
pede
com megas & bytes,
sigo em frente a direita
quebro a 5ª avenida,
ali a 50
mts da Cuca
naquela mesma House,
na mesma mesa nº
40
2 canecas
me aguardam,
às 22hs em dia qualquer
no 3º mês de 15 anos,
da nova era 2.000.
Lá vou 60r consigo
80ndo essa
paz/chão,
para todo mundo...
Oh África!
A Meretriz
Vejo
suavidade na tua vida de luta
trafego o caminho da tua labuta,
permaneço inerte a tua escuta
sabendo que coração não se “futuca”.
Faço-o senti-la sem disputa
procurando-o deixar que se sacuda,
n’uma adrenalina um tanto pura
aceitando-te sem que se discuta,
fazendo-o esquecer aquela “fula”,
pois não passou de uma carapuça
que deixei vestir a minha fuça,
em uma noitada um tanto impura
onde o amor se mede pela multa,
paga por pecar com uma puta
que rebola bem gostoso tua bunda.
Delci Silva Leal é poetisa e contista contemporânea brasileira. Secretária de editoração da Revista Òmnira. Nasceu em Minas Gerais. Já publicou sob o pseudônimo de Dominique Alagbaro. Inicia uma carreira literária timidamente. Publica na Revista Òmnira.
Asas africanas
*Delci Silva Leal
Voa borboleta de asas negras
voa que seu destino é bravura,
sinta os globos do sangue africano
efervescer em sua cultura ...
Voa borboleta de asas negras
Menina Luanda é sua paixão,
carrega no seu néctar de Funge
Uige anseia por seu coração...
Voa borboleta de asas negras
vai ao Namibe ter felicidade,
ver a Mucubal a lhe encantar
ver a África angolanizar-te,
que as zungueiras façam gosto
para africanizar-te...
Voa borboleta de asas negras
voa e me diz que vai voltar,
que as cores da mata e do ouro
também habitam em seu amar!
Encontre-me
Encontre-me aqui e fale comigo
Quero sentir você
Preciso ouvir a sua voz
Você é a luz que está me guiando
Em direção ao lugar
em que encontrarei paz novamente
você é a força que mantém os movimento
é a esperança que alimenta essa confiança,
você é a vida que existe em minha alma
é meu propósito. É minha calma!
Como é possível ficar ao seu lado
sem me sentir emocionada?
Responda-me como isso poderia ficar
melhor do que está?
Acalmando tempestades e
transmitindo tranqüilidade,
você me segura em suas mãos
não me deixando sucumbir,
você rouba o meu coração
e me deixa sem fôlego agir.
Aceite-me o coração
Pois é tudo que eu quero te dar
e tudo de que precisa para me domar.
O Ideal
*Suzana Diogo
Sempre sonhei com um mundo livre de dor e tristezas
Onde o pobre e o miserável também têm lugar, digo lugar
Um mundo engasgado de amor, sem terror
Quem dera ser onda
Para levar daqui os males e males
Que a cada dia, se desfrutam e levam nossas almas
Quem dera ser paz
Para pintar de branco os choros e angústias
Que ainda nos tornam negros, digo negros
Quem dera ser África
Para lutar contra os invasores
Que tentam usufruir da imaculada alegria
Que a muito o pertencia
Quem dera ser água
Para matar a sede de justiça
Que aos poucos moribundo o torna
Quem dera ser luz
Assim dou meus sublimes raios
E expulso as trevas insistentes em caminhar o teu caminho
Também posso ser mais poesia
Para trazer o bom e o belo, a realidade escondida em cada passo
Sonho com um mundo democrático
Onde quem nada tem, também vive.
Solange "Tchissolany Leal", nascida aos 16/07/1992. Natural de Porto Amboim, província de Kuanza Sul/Angola, lançou - se para o mundo literário no ano de 2010, quando construiu seu primeiro poema e até aos dias de hoje não mais parou. Faz parte do Colectivo de Artes Pedro Belgio e do Movimento Berço Literário. Poetisa contemporânea, não tem nenhuma obra publicada em impresso, mas, terá participação na próxima edição - Número 11, da revista brasileira de Literatura "Òmnira", na coluna "Letras das Províncias". Tem poesias publicadas nos sites, do Brasil: Artefacto (https://www.tumblr.com/dashboard) e Revista Òmnira, in "Poesia Lusófona" (www.fundacaoomnira.com.br), ambos do jornalista e editor brasileiro Roberto Leal. É Filha de João de Sousa Leal e de Maria Teresa Fernando.
Sonhos
*Tchissolany
Leal
Quando
você acordar
saiba que passei bem,
perto de sua janela
perto de sua janela
levei seu coração,
pois estava a minha espera
colocaste ele de segurança.
Como, se é mais frágil que você?
Eu passei
mas deixei algo em troca,
o perfume dos ventos
que te irão envolver,
em meu nome,
desta vez não vim para domar
só vim mesmo amar...
Abraça
Abraça
me despe a raça,
meu olhar no teu disfarça
teu sorriso criança renasce em mim
a esperança que me
abraça.
A mente que jaz,
traz a lembrança da
herança de meus pais .
Fala-me de vida
dar-me vida
embora meus olhos ensanguentados,
minha boca com sabor de
escuridão e
meu coração que ainda desconhece o perdão .
Ainda assim fala-me
para que a leviandade dos actuais tempos,
tornem meu corpo folha de árvore
minha mente árida como o Sara.
Fala-me de vida
sara as feridas com palavras de mel,
põe no meu coração o céu da aliança
para que a mudança perfeita seja.
Encoraja
o homem novo.
Oh! Velha pátria, para que teus pastos
verdejem como o jardim do Éden.
Atravessa vá paralem
do além,
agora convém que cresças em força e
meus olhos ensanguentados vêem
transparecer a esperança do verde.
E assim fale-se de vida
dê-me vida,
agora e todo sempre.
Sal
Mãe a tinta é pouca
para esta carta que
lhe começo escrever,
é tamanha dor
para tatuar por estas
brancas folhas e
como a nada me alivia
borrarei as páginas,
com sangue que ainda
me resta.
Quantas Áfricas terei de inventar
para decepar
a dor?
Quantos sepulcros terei de abrir
para enterrar as lágrimas?
Quantas vidas!
Oh! Quantas vidas,
terei que ver morrer
ate chegar a minha
vez?
Mãe é pouca a tinta
para esta carta que
acabo
de lhe escrever,
a tinta é pouca
para este sal que descrevo.
Muito mais que um poema
Não são simples palavras bonitas
não é um amontoado de frases,
não são fases, nem momentos
nem passageiros ao trem,
são sentimentos verdadeiros
são luzes aos olhos,
daqueles que não têm.
Entre as rosas e nuvens
há muito mais que um poema,
é o que tenho para ti dar
maior que todos os desejos,
é aquilo que faz ultrapassar
o meu
tocar em um beijo.
É ti viver muito mais ainda
imagina tu amor meu!
Mais que a minha própria vida.
Os versos faz-me tocar o invisível,
como é maior o que proponho,
Jesus ao coração trouxe o que te dou
muito mais que um poema.
Tudo que seja apenas amor!
Em 1983 publicou seu primeiro poema no jornal A Defesa, de Santo Amaro da Purificação/BA, em 1995 começa a escrever a coluna "Notas de Sampa", no Jornal Grande Salvador, onde escrevia as novidades culturais dos baianos em SP, onde morava na época, estreou como contista na coletânea Bahia de Todos em Contos, Ed. Òmnira/BA-2003 Vol. II, publicou na coletânea poética "Salvador 460 Anos de Poesia", Ed. Òmnira/BA-2009. É verbete no Dicionário de Autores Baianos, SCT/BA, 2006, pág. 106. É presidente da Òmnira Editoração & Revista, Ex-diretor de Cultura e Relações Públicas do CEPA - Círculo de Estudo Pensamento e Ação, de 1983 a 1998. Personalidade Literária Brasileira – 2003, pela Poebrás/GO, Casa do Poeta Brasileiro. É presidente-fundador da UBESC - União Baiana de Escritores e membro da IWA – International Writers and Artist Association (USA), primeiro lugar no XII Concurso Nacional PoeArt de Literatura 2013, com a poesia revolucionária “Sede de Justiça”.
Como editor coordena anualmente o Prêmio Internacional de Literatura Professor Germano Machado, realizado pela UBESC e Editora Òmnira que vem revelando novos valores literários, tendo abrangência internacional em língua portuguesa. É curador do ENEB - Encontro de Escritores Baianos. Tem trabalhos publicados em livros em Portugal, Estados Unidos e França. Produtor cultural na área literária com eventos realizados na BA/CE/MG/PB/RJ/SE/SP e RS, presta assessoria editorial e de imprensa a escritores, entidades e interessados em publicar seu livro. Como editor trabalha um intercâmbio com países de língua portuguesa, já tendo publicado escritores de Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Portugal e Timor Leste na revista “Òmnira” de literatura.
Roberto Leal já publicou também sob o pseudônimo de Beto Correia (1983 a 1990) em várias antologias e coletâneas quando do início da sua carreira literária, quando também publicou dois folhetos xerografados Poemas c/ Fome e Segredos (extintos).
África ma(s)dura
*Roberto Leal
Ei! Dê-me somente um minuto
que quero lhe poder falar.
Desse amor que rasga a carne fraca
se confina em todas as veias,
usurpa todos os meus poros
buscando refletir nos olhos,
nos gestos das próprias mãos e
nas palavras proferidas dos lábios
o que é um louco de paixão.
Você esculpida com clareza
contaminando com sua pureza,
os segredos do meu coração
castigado pela palavra dura,
dessa mãe África madura
que me arrasta pro comichão,
por todos os cantos da casa
por todos os ângulos do nada,
lugares por onde quer que ande
pessoas com quem quer se encontre,
o sentido é preciso encontrar
para voltar talvez no tempo e
por direito deixar de sonhar,
com você que não me sai da cabeça,
que por favor no peito adormeça e
me deixa a deriva amar (la)!
100
pressa-gio
20ver 80mente
100 precisar ter 1000has e
1000has
de
mar & saudades,
como 100pre a
cada encontro.
Como não pode ir. 20 buscar!
Para ti ter 80da aos
meus beijos
100precisar
60ir
traída,
prá ñ ter q só-frer 10ilusão
devo finKr meu
brasão família,
não quero usar Km’s
de K para lá.
Ai... Direi a tu quem
sois!
A razão que habita em mim e
tranc’África
meu
coração.
Deixa marcado passo e compasso
nesse con-fuso
horário,
q vivo a contar estas 4
hs,
traduz 240 minutos de ama-aço
ou
1440 segundos de imagen-ação,
contracenando gozos apimentados e
100
pressa de voltar do
delírio
de batucar no céu melado,
daquela carnuda negra
boca
na klada da noite
de Luanda,
depois do Cabrité com Gidungo e
algumas knecas de
Fino prazer.
60 Aqui nós 2
Seja como for x
para
tê-la + perto,
poder
se12-la
é como 2ª chance,
com – desertos.
Me vem 1 caminho
de affair 99% melado,
até êxtases ÷ em
em teras e taras.
100querer peito
pede
com megas & bytes,
sigo em frente a direita
quebro a 5ª avenida,
ali a 50
mts da Cuca
naquela mesma House,
na mesma mesa nº
40
2 canecas
me aguardam,
às 22hs em dia qualquer
no 3º mês de 15 anos,
da nova era 2.000.
Lá vou 60r consigo
80ndo essa
paz/chão,
para todo mundo...
Oh África!
A Meretriz
Vejo
suavidade na tua vida de luta
trafego o caminho da tua labuta,
permaneço inerte a tua escuta
sabendo que coração não se “futuca”.
Faço-o senti-la sem disputa
procurando-o deixar que se sacuda,
n’uma adrenalina um tanto pura
aceitando-te sem que se discuta,
fazendo-o esquecer aquela “fula”,
pois não passou de uma carapuça
que deixei vestir a minha fuça,
em uma noitada um tanto impura
onde o amor se mede pela multa,
paga por pecar com uma puta
que rebola bem gostoso tua bunda.
permaneço inerte a tua escuta
sabendo que coração não se “futuca”.
Faço-o senti-la sem disputa
procurando-o deixar que se sacuda,
n’uma adrenalina um tanto pura
aceitando-te sem que se discuta,
fazendo-o esquecer aquela “fula”,
pois não passou de uma carapuça
que deixei vestir a minha fuça,
em uma noitada um tanto impura
onde o amor se mede pela multa,
paga por pecar com uma puta
que rebola bem gostoso tua bunda.
Asas africanas
*Delci Silva Leal
Voa borboleta de asas negras
voa que seu destino é bravura,
sinta os globos do sangue africano
efervescer em sua cultura ...
Voa borboleta de asas negras
Menina Luanda é sua paixão,
carrega no seu néctar de Funge
Uige anseia por seu coração...
Voa borboleta de asas negras
vai ao Namibe ter felicidade,
ver a Mucubal a lhe encantar
ver a África angolanizar-te,
que as zungueiras façam gosto
para africanizar-te...
Voa borboleta de asas negras
voa e me diz que vai voltar,
que as cores da mata e do ouro
também habitam em seu amar!
Encontre-me
Encontre-me aqui e fale comigo
Quero sentir você
Preciso ouvir a sua voz
Você é a luz que está me guiando
Em direção ao lugar
em que encontrarei paz novamente
você é a força que mantém os movimento
é a esperança que alimenta essa confiança,
você é a vida que existe em minha alma
é meu propósito. É minha calma!
Como é possível ficar ao seu lado
sem me sentir emocionada?
Responda-me como isso poderia ficar
melhor do que está?
Acalmando tempestades e
transmitindo tranqüilidade,
você me segura em suas mãos
não me deixando sucumbir,
você rouba o meu coração
e me deixa sem fôlego agir.
Aceite-me o coração
Pois é tudo que eu quero te dar
e tudo de que precisa para me domar.
O Ideal
*Suzana Diogo
Sempre sonhei com um mundo livre de dor e tristezas
Onde o pobre e o miserável também têm lugar, digo lugar
Um mundo engasgado de amor, sem terror
Quem dera ser onda
Para levar daqui os males e males
Que a cada dia, se desfrutam e levam nossas almas
Quem dera ser paz
Para pintar de branco os choros e angústias
Que ainda nos tornam negros, digo negros
Quem dera ser África
Para lutar contra os invasores
Que tentam usufruir da imaculada alegria
Que a muito o pertencia
Quem dera ser água
Para matar a sede de justiça
Que aos poucos moribundo o torna
Quem dera ser luz
Assim dou meus sublimes raios
E expulso as trevas insistentes em caminhar o teu caminho
Também posso ser mais poesia
Para trazer o bom e o belo, a realidade escondida em cada passo
Sonho com um mundo democrático
Onde quem nada tem, também vive.
Kiximanu
*Felder Simões
(Discípulo de Agostinho Neto/Angola)
O tempo batuca os tambores bêbados
entoando nas notas agudas da saudade
o hino à liberdade cantada por ti Mucubale.
Vós que destes suas almas carregadas de ódio
dos tormentos enfrentados na luta contra o ópio
à ti eu devo as minhas lágrimas
pois sei que não mereço esta vida que tu protegeste do abraço
da morte.
A ti eu devo as minhas lágrimas.
Ouço as vozes que se calaram em tormentos
os choros no rosto duro com armas na mão em movimentos
vejo no retrovisor do tempo os litros de sangue derramados
que embriagavam esta terra que me pariu.
Hoje grito com todas as forças invocadas de deuses
À vós que destes suas almas
a ti eu devo as minhas lágrimas.
Nasceu em Maputo/Moçambique, no dia 31 de Maio de 1987.. Foi mencionada no Prémio Mundial de Poesia Nossi de Edição 2013.Tem obras publicadas pela Associação de Escritores Moçambicanos “Esperança e Certeza I e II” tem participação nas coletâneas “Ponte de Palavras” de Portugal, editada pelo Circulo dos Escritores Moçambicanos na Diáspora;LOGOS e Bons Sinais (sem informação do editor). Foi referenciada no livro “Minha Maputo é...” publicado pela Editora Minerva; tem poemas publicados nos jornais nacionais de Moçambique; como: Notícias e Sábado; no Jornal de Cultura de Angola; revistas Literatas, Soletras, Acrobata e Òmnira (do Brasil); on-line nas Páginas “Por Dentro da África” e Revista Òmnira (do Brasil). Teve uma poesia incluída em uma antologia na Espanha, intitulada de “Alquimia del fuego” integrada no projeto Enegrescência que surge com o intuito de publicar poetas negros.
O tempo batuca os tambores bêbados
entoando nas notas agudas da saudade
o hino à liberdade cantada por ti Mucubale.
Vós que destes suas almas carregadas de ódio
dos tormentos enfrentados na luta contra o ópio
à ti eu devo as minhas lágrimas
pois sei que não mereço esta vida que tu protegeste do abraço
da morte.
A ti eu devo as minhas lágrimas.
Ouço as vozes que se calaram em tormentos
os choros no rosto duro com armas na mão em movimentos
vejo no retrovisor do tempo os litros de sangue derramados
que embriagavam esta terra que me pariu.
Hoje grito com todas as forças invocadas de deuses
À vós que destes suas almas
a ti eu devo as minhas lágrimas.
Nasceu em Maputo/Moçambique, no dia 31 de Maio de 1987.. Foi mencionada no Prémio Mundial de Poesia Nossi de Edição 2013.Tem obras publicadas pela Associação de Escritores Moçambicanos “Esperança e Certeza I e II” tem participação nas coletâneas “Ponte de Palavras” de Portugal, editada pelo Circulo dos Escritores Moçambicanos na Diáspora;LOGOS e Bons Sinais (sem informação do editor). Foi referenciada no livro “Minha Maputo é...” publicado pela Editora Minerva; tem poemas publicados nos jornais nacionais de Moçambique; como: Notícias e Sábado; no Jornal de Cultura de Angola; revistas Literatas, Soletras, Acrobata e Òmnira (do Brasil); on-line nas Páginas “Por Dentro da África” e Revista Òmnira (do Brasil). Teve uma poesia incluída em uma antologia na Espanha, intitulada de “Alquimia del fuego” integrada no projeto Enegrescência que surge com o intuito de publicar poetas negros.
Hirondina Joshua
A janela espera o sopro
matinal.
O vento fala com uma língua
desconhecida o silêncio. Suspira.
desconhecida o silêncio. Suspira.
Respira.
Murmura.
Diz com fala quieta a
enverbada e possível voz da dialéctica
dos azuis na noite.
E há um cansaço que se deita à
espera da manhã.
À espera de alguém que se espera,
uma cólera de alguém sem tempo
que caminha dentro de si.
Que sente os milagres por poder
contemplar os milésimos, o ar da
vida, a vida do ar.
De repente depara-se com uma outra
ciência lhe vigiando o Ser sem
consciência ele se dá por isto.
É mais um milagre!
Abstracção
No fogo,
reside a pupila abstracta do poema.
Ou um coração...
No idioma soturno da língua.
Invenção
De súbito,
o desejo despeja-se
no corpo inventado,
há uma contemplação invisível.
É momento de luz:
uma mão pronuncia a voz do interior
e outra subjacente vagueia
no ar procurando o dom do amor.
Adeus
Pretendo chegar a Deus
sílaba a sílaba
com sangue puro
como quem luta
e nunca soube o que é lutar
sou inerme
na carne da substância pura:
matéria do trabalho cósmico,
fenómeno do fogo
“Strictu sensu”.
Chamo a Deus
no semblante amorfo da música.
Em 2010, foi premiado pela Comunidade Académica para o desenvolvimento, na gala de educação, como um dos melhores estudantes da província de Sofala. Com isso, foi-lhe atribuído um diploma de reconhecimento e, um estágio no Banco Standard Bank. Infelizmente não seguiu por esta via, tendo optado em continuar os seus estudos superior na Faculdade de Engenharia da Universidade Eduardo Mondlane, no curso de Ciências de Engenharia do Ambiente. Morou na Posada dos Caminhos de Ferro de Moçambique em Maputo, localizada nas periferias da Malanga. Isso enquanto estudante de Engenharia. A sua vontade pelos estudos, o fez continuar a sua formação superior na Argélia, como bolseiro do Instituto de Bolsas de Estudo de Moçambique. É na Argélia, onde encontra-se atualmente a estudar e, é também nesse pais do Magrheb que sua inspiração literária é metamorfoseada em “identidade e cultura” que é a génese da sua “Literatura de intervenção rápida”.
Doce chuva que cai dos céus
*Paulo Mufacha Nguenha
Ó doce chuva que cai molhando
a terra
Tu que vens sempre na
hora esperada
Vens gota a gota,
lavando-nos do pecado
Dissimuladinha, vais
alimentando a terra.
Ó doce água magica, pinga-pinga
dos céus
Durante anos vives,
enchendo os oceanos
Vens gota a gota,
libertar o perfume da terra.
Fazes crescer as
sementes, sem estrume
Na terra molhada,
labutamos, como porcos
Não sentimos a
diferença, de ser e não ser
Ficamos abraçadinhos,
cheirando o perfume
Ficamos nos beijando, e
amando a natureza.
Ó doce seiva bruta,
vinda de Deus
Tu que nos liberta, das
mentiras de verdade
Como as plantas, vens
germinando no solo
germinas no teu banho,
de orvalho matinal
o chuvinha, vens como
sempre, de repente
assalta-nos, como um
ladrão, de repente
nas noite
desprotegidas, de gente de repente
vens delicadamente, o
chuvinha dos céus
faz-nos sentir, o
perfume da terra molhada.
Nasceu em Cabinda/Angola estudava informática e era coordenadora do Movimento Berço Literário. Publicou na Coletânea "Poética Mucubal do Namibe", Ed. Òmnira/BA-Brasil-2014, obra editada com o apoio da Direcção Provincial de Cultura do Namibe (leia-se Directora Euracema Major) e organizada pelo jornalista, escritor e editor brasileiro Roberto Leal; publicou na Revista de Literatura Òmnira. Faleceu ainda muito jovem, em março de 2016 de Febre Amarela em Luanda/Angola.
Pedaço de Mim
*Rosa Fernandes Gaspar Adão
Onde forças encontrar?
Quando se pisa e
não se encontra o chão
onde conforto
encontrar?
Se nem mesmo as mais
lindas palavras
não secam as lágrimas
que escorrem
perdi você filho meu!
Há quem tanto amei, e
continuarei amando
minha alma grita por alívio
Implorando socorro
queria estripá-la
mas a dor insiste.
Minha alma não aguenta
mais
que cada dia sinto doer
pedaços de água no
olhar
na minha vida,
no meu querer.
Hoje sofro com a dor da
saudade
pois tão só estou a
viver...!
É linda... Parabéns Paulo Mufacha Nguenha... Continue escrevendo... Parabéns e Sucessos . Bjs
ResponderExcluirOs meus parabéns a toda equipa da ómnira por esse grande projecto em prol da literatura Poética. parabéns também a todos poetas e poetizas pelos brilhantes poemas que cá estão.
ResponderExcluirContinuem a escrever, continuem alimentar nossa vida com vossos poemas inéditos.
Pequeno Ukwakusima
Obrigado meu nobre... Grande abraço nosso!
ExcluirGostei do poema "Doce chuva que cai dos céus" de Paulo Mufacha Nguenha, é pena que tenham publicado com erros de português
ResponderExcluir