segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Jovem preso por roubar livros é solto em Salvador

Publicado por Roberto Leal As segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014  | 3 Comentario

Um caso para lá de inusitado aconteceu em uma livraria de Salvador, na tarde de quinta-feira, 6 de fevereiro, um jovem foi preso acusado de roubar livros da Livraria Cultura , localizada no Salvador Shopping.  Alex Santana Souza, 19 anos, morador do bairro de Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. O acusado foi levado para a 1ª Delegacia, no Complexo Policial dos Barris, e na sexta-feira foi encaminhado para a Central de Flagrante do Complexo Penitenciário da Mata Escura, onde ficou custodiado. Deixando a unidade hoje quando foi solto após a família pagar fiança.
Entre as obras roubadas estão revistas de mangá (histórias em quadrinhos japonesas) como Watchmen, Rurouni Kenshin, Demolidor e Novos X-Men e mais dois livros de ficção científica “História da Magia e Fios de Prata”, além de uma obra de astrologia, uma enciclopédia, uma agenda e adesivos decorativos. O valor das “mercadorias” roubadas totalizou R$ 334,20. Os livros estavam em uma pasta que Alex carregava. No momento da prisão, outros dois jovens que estavam com ele, negaram envolvimento na ocorrência (nego-me a tratar esse fato como crime!) e foram liberados após depoimento. Em depoimento o jovem confessou já haver roubado outros dez livros na mesma livraria.
Segundo a assessoria de comunicação da Polícia Militar, os policiais da 35ª Companhia da PM/Iguatemi, foram acionados pelos seguranças do shopping, que denunciaram o roubo, na modalidade conhecida como: descuido! Quando os PMs chegaram ao local,  Alex admitiu ter subtraído as publicações. Ele foi levado, junto com os outros dois suspeitos, para a 1ª Delegacia (Barris) e  segundo agentes de plantão naquela especializada, Alex disse que roubou os produtos porque queria ler as obras.  
 O presidente da União Baiana de Escritores Roberto Leal, que esperou sentar a poeira da repercussão que sucedeu o caso, para se manifestar-se. Disse-se indignado com a atitude da livraria, “um fato isolado, um caso raro, a prisão de um futuro leitor da própria livraria, um jovem havido por leitura. Ninguém rouba livros se não para alimentar-se de conhecimento, não que isso seja correto, mas é perdoável! É como prender um ladrão de galinhas porque tem fome... Casos raros como esse poderiam ser usados positivamente e não para alimentar os abutres do sistema, sedentos por massacrar o povo”.
Fonte: ASCOM/Revista Òmnira
Foto: Divulgação


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3 comentários:

  1. Concordo com a opinião de que podemos estimular leitores ao invés de puni-los; porém furto é crime, e ainda que este sejam livros, e não outros objetos de necessidade básica à sobrevivência, ainda é crime.
    Politicamente não sou capitalista, e sendo anarquista poderia concordar ainda mais... Mas não.
    Poderiam ser tomadas outras precauções e providências, como encaminhar o jovem pra aconselhamento e bibliotecas, e livrarias, online, virtuais...

    ps. um jovem "ávido" por leitura. Não "havido", tempo e verbo no passado.

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  2. Caras, se eu fosse um juiz e tivesse um caso desses nas mãos além de não condenar o cara eu pagaria do bolso o prejuízo e compraria muitos livros para esse moço.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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