Um
caso para lá de inusitado aconteceu em uma livraria de Salvador, na tarde de
quinta-feira, 6 de fevereiro, um jovem foi preso acusado de roubar livros da
Livraria Cultura , localizada no Salvador Shopping. Alex Santana Souza, 19 anos, morador do bairro
de Paripe, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. O
acusado foi levado para a 1ª Delegacia, no Complexo Policial dos Barris, e na
sexta-feira foi encaminhado para a Central de Flagrante do Complexo
Penitenciário da Mata Escura, onde ficou custodiado. Deixando a unidade hoje quando
foi solto após a família pagar fiança.
Entre as obras
roubadas estão revistas de mangá (histórias em quadrinhos japonesas) como
Watchmen, Rurouni Kenshin, Demolidor e Novos X-Men e mais dois livros de ficção
científica “História da Magia e Fios de Prata”, além de uma obra de astrologia,
uma enciclopédia, uma agenda e adesivos decorativos. O valor das “mercadorias”
roubadas totalizou R$ 334,20. Os livros estavam em uma pasta que Alex
carregava. No momento da prisão, outros dois jovens que estavam com ele,
negaram envolvimento na ocorrência (nego-me a tratar esse fato como crime!) e
foram liberados após depoimento. Em depoimento o jovem confessou já
haver roubado outros dez livros na mesma livraria.
Segundo
a assessoria de comunicação da Polícia Militar, os policiais da 35ª
Companhia da PM/Iguatemi, foram acionados pelos seguranças do shopping, que
denunciaram o roubo, na modalidade conhecida como: descuido! Quando os PMs
chegaram ao local, Alex admitiu ter subtraído
as publicações. Ele foi levado, junto com os outros dois suspeitos, para a 1ª
Delegacia (Barris) e segundo agentes de
plantão naquela especializada, Alex disse que roubou os produtos porque queria
ler as obras.
O
presidente da União Baiana de Escritores Roberto Leal, que esperou sentar a
poeira da repercussão que sucedeu o caso, para se manifestar-se. Disse-se indignado
com a atitude da livraria, “um fato isolado, um caso raro, a prisão de um
futuro leitor da própria livraria, um jovem havido por leitura. Ninguém rouba
livros se não para alimentar-se de conhecimento, não que isso seja correto, mas
é perdoável! É como prender um ladrão de galinhas porque tem fome... Casos
raros como esse poderiam ser usados positivamente e não para alimentar os abutres
do sistema, sedentos por massacrar o povo”.
Fonte:
ASCOM/Revista Òmnira
Foto:
Divulgação
Concordo com a opinião de que podemos estimular leitores ao invés de puni-los; porém furto é crime, e ainda que este sejam livros, e não outros objetos de necessidade básica à sobrevivência, ainda é crime.
ResponderExcluirPoliticamente não sou capitalista, e sendo anarquista poderia concordar ainda mais... Mas não.
Poderiam ser tomadas outras precauções e providências, como encaminhar o jovem pra aconselhamento e bibliotecas, e livrarias, online, virtuais...
ps. um jovem "ávido" por leitura. Não "havido", tempo e verbo no passado.
Caras, se eu fosse um juiz e tivesse um caso desses nas mãos além de não condenar o cara eu pagaria do bolso o prejuízo e compraria muitos livros para esse moço.
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