Tal incidente aconteceu às 16 horas, daquela
terça-feira, dia 26 de janeiro, do corrente ano, e teve como palco um dos Caixas de Atendimento do Banco BAI (os
conhecidos ATM), foi no Bairro do Kimbango, em Luanda, quando uma cidadã não
identificada e em estado de gestação, mostrando total descontrole, agrediu com
ofensas verbais e físicas uma jovem, a estudante de enfermagem J. A. S. De 25
anos, e como resultado dessa agressão, aconteceu
a quebra do par de óculos graduado em que a jovem usava no momento e foi observando
o teu óculos totalmente danificado, que a jovem solicitou ao segurança da empresa
AGENS-Segurança Patrimonial Lda (que presta serviço ao Banco BAI), que também presenciou
e acompanhou a agressão, para não deixar a senhora/agressora sair do local, mas
o segurança não deu ouvidos e permitiu que a agressora, se evadisse do local do
crime.
A AGENS é conivente com o caso |
A jovem disse ao segurança, que por ele ter permitido
que a agressora deixasse o local, ele teria que pagar o par de óculos, mais o
segurança, não aceitou, então ela pediu para que ele se identificasse, mais o segurança
disse que não tinha Bilhete de Identidade e nem passe de serviços, o que é uma
grande ironia o tratamento disponibilizado, com certeza por se tratar de uma
jovem indefesa.
Algumas horas depois ao chegar ao local, o
responsável pela segurança do banco foi interpelado, um senhor que se
identificou como João Kambenje, que se prontificou em pagar o prejuízo do
óculos da jovem, ficando acertado verbalmente,
a jovem deixa/entrega o óculos ao segurança a fim de voltar no dia seguinte e
juntos irem a óptica para então saber os custos do conserto e ligar para o
suposto Chefe de Segurança assumir as despesas, o que não aconteceu.
Então a jovem procurou a polícia e prestou
uma queixa, passaram-se dois meses, e quando a polícia fez a entrega da
notificação, para ser entregue na empresa, que a própria jovem foi quem protocolou,
mas o senhor Chefe de Segurança nunca respondeu a notificação. A jovem já fez
várias consultas, já gastou muito dinheiro com essas mesmas consultas, tanto
que o médico disse a ela que se ficar sem óculos pode piorar mais o seu
problema ocular. “Se na realidade Angola é um país democrático, se isso é um país
digno com seus cidadãos. Se existe Justiça que ela seja feita”, disse muito indignada
J.A.S.
Se essa jovem acabar cega, de quem será a
culpa, dela ou do tal Chefe de Segurança João Kambenje do Banco BAI? Já que a
mesma tem um alto índice de miopia e depende dos seus óculos diariamente. E
será que a justiça vai ficar do lado dela, sendo ela mesma, uma filha de camponeses?
O Banco deve ser condenado a assumir o
prejuízo da jovem, tendo em vista que o incidente aconteceu nas dependências de
um Caixa de Atendimento da Empresa, e que contava com a segurança devida, e que
não se manifestou para evitar a ocorrência do facto e pelo agravante de que o
Segurança da Empresa Banco BAI, sumiu com o que restou do óculos da vítima. “Porque
só a classe média e alta tem atenção judiciária em Angola? E os de classe
baixa, com aqueles ninguém se importa, mesmo que morram por culpa de um ser
desumano qualquer. Será que existe mesmo Justiça em Angola?” Insistia
perguntando a jovem.
Fonte: ASCOM/Revista Òmnira
Texto: Roberto Leal
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