Destaque para a construção de um hospital em sua terra natal |
Em meio a essa pandemia, essa catástrofe biológica que assola o mundo, que solta o seu grito de pavor em
uníssono, em um momento delicado para a humanidade e de solidariedade conjunta,
craques do futebol vem dando lição de vida a todos nós... É nesse cenário que o
atacante senegalês Sadio Mané está prestes a inaugurar o primeiro hospital em
sua cidade natal, Vilarejo de Bambali/Sédhiou, no Senegal, na África. O documentário
“Made in Senegal”, que conta a sua trajetória de vida desde a pobreza ao
estrelato, é uma verdadeira lição de como não e porque não, abandonar suas verdadeiras
origens!
Quando eu era
jovem, meu pai sempre me dizia o quanto ele se orgulhava de mim. Ele era um
homem de um grande coração. Sua morte teve um grande impacto em mim e em toda a
família. Falei a mim mesmo: "Agora preciso fazer o máximo para poder
ajudar minha mãe". É algo difícil para lidar quando se é tão jovem – diz. Mané tinha
apenas sete anos de idade quando seu pai teve sérios problemas de saúde e como
não havia hospitais por perto, foi preciso levá-lo até o vilarejo vizinho -
porém, infelizmente, ele não resistiu e veio a
óbito, o que deixou o craque muito triste.
Em “Made in Senegal” Mané fala do hospital que pretende construir em
apenas seis meses, recentemente o craque também financiou a construção de uma
nova escola em Bambali. E agora fez uma doação de 40 mil libras (R$ 256
mil na cotação atual) ao governo, para combate a essa pandemia de coronavírus.
Esta é a sua segunda contribuição, sendo que no ano passado, havia inaugurado
uma escola na cidade natal de Sédhiou. "Eu queria construir um
hospital para dar esperança às pessoas", diz Sadio Mané em suas palavras no
documentário, que conta a sua história de vida e que estreou recentemente na
Europa.
O documentário, que foi lançado nesta quarta em plataformas digitais,
conta também com entrevistas com o técnico Jürgen Klopp, assim como de
companheiros do Liverpool: Mohamed Salah e Virgil van Dijk. Durante o
filme, o craque narrou a história de sua vida desde os tempos de pobreza até se
consagrar como o “Camisa 10” de um dos clubes mais importantes do mundo.
- A educação é a chave. A escola vem em primeiro lugar. Talvez, se
houvesse uma escola melhor quando eu era mais jovem, eu poderia ter estudado
mais. Mas não foi o caso - eu estava na vila. Então, todos os meninos de lá
querem jogar futebol e ninguém mais quer ir à escola. Eles só querem ser um
jogador de futebol como eu... Mas eu sempre digo a eles para garantir que eles
tenham uma boa educação e estudem. É claro que eles podem continuar jogando
futebol, mas isso os ajudará a ter mais sucesso no que estão fazendo. Não é
mais como quando eu era jovem, porque era muito difícil naquela época, ressalta.
Não podemos esquecer de atletas com ações parecidas em comprometimento com o seu povo, os outros atacantes
muito conhecidos, ídolos do futebol inglês, o costa-marfinense Didier Drogba/Chelsea e do futebol espanhol, o camaronês Samuel Eto’o/Barcelona.
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