Elas estão por toda parte em Angola |
Essa é uma distinção criada em 1997, pelas Organizações das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, para a proteção e o reconhecimento do patrimônio cultural imaterial, abrangendo as expressões culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preserva em respeito da sua ancestralidade, para as gerações futuras. São exemplos de patrimônio imaterial: os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, as celebrações, as festas e danças populares, as lendas, músicas, costumes e as outras tradições. A cada dois anos são escolhidos os bens a partir das candidaturas apresentadas pelos países signatários da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial. A primeira lista de bens inscritos foi divulgada em 2001, seguida por outras duas, em 2003 e 2005, totalizando 90 bens imateriais inscritos.
Zungueira é a mulher que percorre as ruas vendendo produtos diversos dentro de uma bacia que leva na cabeça, ou até mesmo aquelas que comercializam seus produtos em praças e grandes mercados (Zungas). Em 2002, mesmo com o calar das armas e o acordo de paz assinado, as Zungueiras continuaram a ser uma realidade em Angola, pois, foi na zunga onde várias mulheres viram o trampolim para ludibriar a pobreza e sustentar suas famílias. Quitandeira, também chamada de Zungueira, é uma vendedora ambulante típica de Angola, tendo-se disseminado pela diáspora durante a escravatura, sendo conhecida no Brasil pelos nomes de quitandeiros, camelôs, marreteiros, ambulantes, etc.
Na busca pela sobrevivência |
Essas são as verdadeiras mulheres angolanas, que merecem o nosso respeito e a nosso apreço, diante de toda a luta, de toda a necessidade da acção, como também a consciência de que trabalhar é preciso e que a dignidade está acima de tudo... Já está na hora de o povo buscar do governo esse reconhecimento e indicação para que essa forma de reconhecimento não demore a acontecer.
Fonte: ASCOM/Revista Òmnira
Fotos: Roberto Leal
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