Kemi Sebá diz não temer os anti-africanos |
Preso desde o dia 21/12 (sábado) foi solto de
detenção, após ser julgado e condenado a 2 meses de prisão com suspensão, o pan-africanista
franco-beninense Kemi Seba diz que precisa que a luta para a autodeterminação
do nosso povo, contra a corrupção das oligarquias africanas e francesas. Não
está pronto para parar.
O ativista Kemi Seba foi condenado
pelo Tribunal Superior de Ouagadougou, a uma sentença de prisão suspensa por
dois meses, por desrespeito ao chefe de estado de Burkina Faso, Roch Marc
Christian Kaboré.
O Supremo Tribunal de Ouagadougou também o multou
em 200.000 francos CFA (cerca de 300 euros), reconhecendo-o também em desacordo
com chefes de estados estrangeiros, incluindo o costa-marfinense Alassane
Ouattara e o nigeriano Mahamadou Issoufou.
"Recebi uma sentença suspensa de dois meses,
que são realmente dois meses simbólicos, porque até os juízes sabem que estou
certo", disse Kemi Seba após
o julgamento. O ativista franco-beninense foi preso em um hotel em Ouagadougou/Burkina
Faso (ex-Alto Volta) e, em seguida, mantido sob custódia policial após uma
conferência pública na Universidade Joseph Ki Zerbo.
Refutando as acusações de ter proferido “palavras
ofensivas e ultrajantes" contra os chefes de Estados, o ativista
pan-africano explicou ao tribunal que queria "enviar um choque elétrico
para acordar os líderes africanos que se permitem ser manipulados pelo
presidente". Francês :Emmanuel Macron. Segundo seu advogado, Prosper Farama, este
julgamento "põe em causa as liberdades de expressão e opinião" e
constitui um "retiro democrático".
Kemi
Seba, cujo nome real é Stellio Capochichi, que se apresenta como um
"polemista e palestrante pan-africano", organizou ou participou nos últimos
anos na África em várias manifestações hostis ao franco CFA. Suas posições
em favor da luta, contra o domínio francês apoiado pelas ditaduras africanas,
já lhe renderam várias detenções e expulsões, principalmente na Costa do
Marfim, no Senegal e na Guiné Bissau. Recentemente esteve no Brasil, em São
Salvador da Bahia, a cidade mais negra fora de África, onde encontrou apoio de
movimentos, entidades e simpatizantes da sua luta.
Foto: Roberto Leal
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