quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

JORNALISTA É ASSASSINADO POR DENUNCIAR CORRUPÇÃO NO FUTEBOL AFRICANO

Publicado por Roberto Leal As quinta-feira, 17 de janeiro de 2019  | Sem Comentarios

Kwesi Nyantakyi demitiu-se após a mascara da corrupção derrubar o futebol africano


O jornalista ganês Ahmed Hussein-Suale, 34 anos, que investigou um suposto esquema de corrupção no futebol africano, foi morto a tiros nessa noite de 16.01 (quarta-feira), em Accra, os assassinos em uma moto emboscaram o jornalista quando ele retornava para sua residência. 

Colegas da equipe de investigação jornalística que integrava, a Tiger Eye, dizem que Ahmed foi abatido com três tiros, que lhes atingiram o braço e o pescoço, em Madina, bairro da capital ganesa. Há algum tempo, um deputado do partido no poder divulgou na televisão a foto de Ahmed e prometeu uma recompensa a quem o espancasse, fato registrado na imprensa local. A organização Tiger Eye, foi fundada pelo jornalista Anas Aremeyaw Anas, que investiga e divulga casos de corrupção, tráfico de seres humanos, contrabando, entre outros casos, como também colabora com as organizações internacionais.

Apesar de ter apresentado uma queixa na justiça, nenhuma ação ou atitude foi tomada pelas autoridades. Em Junho do ano passado foi divulgado o documentário "Number 12", produzido pela Tiger Eye, que denunciou um grande esquema de corrupção que envolvia dezenas de árbitros ganeses e de outros países africanos, bem como o presidente da AGF - Associação Ganesa de Futebol, Kwesi Nyantakyi e vice-presidente da CAF - Confederação Africana de Futebol, além de membro do Conselho da FIFA, esse alto dirigente foi filmado recebendo 65 mil dólares (cerca de 55 mil euros) das mãos da própria equipe de jornalistas, com a promessa de "dinheiro para as compras", e na filmagem colocando os maços  das notas de USD dentro de um saco de plástico. O montante foi  "doado"  por um empresário do Oriente Médio interessado em investir no futebol ganês.

O  documentário foi compartilhado na página do Youtube do “Ghana Culture Politics”. E estes presentes monetários eram sempre oferecidos antes de um jogo em casa ou em partidas internacionais. O longa-metragem tem cerca de 2 horas de exibição, e que revela negociações mantidas com potenciais “investidores”, que, em troca de contratos lucrativos em parceria com o governo ganês, ofereciam em contra partida presentes caros, e avaliados em milhões de dólares. Após a divulgação desse documentário, o presidente da FGF - Federação Ganesa de Futebol demitiu-se. Foi acusado de corrupção no mês de outubro e proibido pela FIFA de exercer qualquer atividade relacionada ao futebol, além de ter sido multado em 440 mil euros. Mais de 50 árbitros africanos também foram suspensos da Confederação Africana de Futebol (CAF).
Imprensa ganesa de Luto
A Comissão Nacional da Imprensa condenou o assassinato e apelou à polícia para que se inicie uma investigação muito aprofundada. O jornalista Anas  reagiu à notícia da morte do seu colega-jornalista Ahmed Hussein-Suale ao publicar um vídeo na sua página do Facebook onde escreve a seguinte legenda: “Notícias tristes, mas não seremos silenciados. Descanse em paz, Ahmed. Não me podem calar”.

Fonte: ASCOM Revista Òmnira
Fotos: Internet e Getty Press/France


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