Jovita Kifinamene uma jovem zungueira a serviço das mulheres de Angola |
Uma jovem ativista cultural, poetisa, mãe de família e zungueira vêm chamando atenção nas redes sociais com a sua campanha contra a “Operação Combate” desencadeada pela Policia Nacional em Angola, a mando do Subcomissário Orlando Bernardo, ela é Jovita Dimbenzi Kifinamene, tem apenas 26 anos, mas já vive preocupada com toda uma classe de mulheres guerreiras, que é oprimida pelo sistema arcaico angolano de tratar o pobre trabalhador da Zunga, com um descaso irrelevante para o governo democrático que vem fazendo o PR João Lourenço. Ela ver violência contra todas as mulheres do mundo, quando se tira os seus direitos ao trabalho, quando as tiram das suas bancadas de ganhar o pão, são essas mulheres guerreiras que movimentam parte da economia desse país, são quem alavancam o comércio informal. O governo precisa é legalizar, organizar, cadastrar e não oprimir e condenar a sarjeta, as mulheres angolanas.
Ela vai muito mais longe quando no seu
discurso diz: "Nós as mulheres angolanas somos parte da economia desse
país, trabalhamos para alimentar nossas famílias, somos parte dessa sociedade
opressora que não nos protege; somos parte do Patrimônio Cultural Imaterial da
Humanidade; só faltando sermos reconhecidas; somos figuras históricas na
Cultura e nos Costumes desta nação e merecemos respeito... Deixem as mulheres
angolanas trabalhar, para que a fome não volte a se alastrar como uma PESTE por
esse país a fora. E não acho justo, pois também os ambulantes homens terão o
incentivo para engrossar a lista dos desempregados no país e entrar para essa estatística
negativa ainda nesse novo governo, o que aumentará a fome, implementará a miséria
desordenadamente e incentivará a criminalidade, como também a prostituição, principalmente
entre a juventude".
Ela que criou uma petição que começa a circular nas
redes sociais e é com essa acção que ela pretende mostrar a sua indignação para
o mundo e pedir que as mulheres desse mundo apoie essa luta assinando e compartilhando
a petição: https://secure.avaaz.org/po/petition/O_Governo_do_atual_presidente_Joao_Lourenco_VAMOS_SALVAR_A_MULHER_ZUNGUEIRA_DE_ANGOLA/share/?new Ela espera
que ativistas de todo mundo entre nessa luta pela dignidade da Mulher angolana,
a mulher de África. “O mundo deve ter a solidariedade necessária para salvar a
mulher zungueira, um patrimônio do Berço da Humanidade, desse tipo de violência
que é a violação dos seus direito ao trabalho”. Palavras de jovem líder
zungueira na província do Uige/Angola Jovita
Kifinamene Leal. O seu perfil no facebook esses dias estará a
serviço dessa campanha.
É assim que as Zungueiras ganham o pão de cada dia |
Ela clama pela sensibilidade e compreensão
do Excelentíssimo Senhor Presidente da República General João Gonçalves Lourenço,
que pense e volte atrás dessa manobra que não é considerada uma atitude sábia
diante do abalo que proporcionará na base do seu governo, com uma revolta
popular, principalmente se tratando das mulheres, que é maioria na estatística populacional
angolana.
Diante de uma Operação dessa, batizada de
RESGATE, na realidade a população não sabe o que procuram resgatar, onde
resgatar e o que resgatar? Proibindo as mulheres e os ambulantes de trabalhar,
fechando portas de sobrevivência da família e abrindo covas em cemitérios e vagas
nos presídios para amontoar o povo... “É esse o governo de renovação, de transparência
e de solidariedade que o MPLA tem para nós angolanos, quando esse país vai
mudar e parar para pensar no seu povo, a ordem seria? Primeiro o angolano,
segundo o angolano, terceiro o angolano e quarto o angolano, sejamos humildes e
lembremo-nos desse discurso”, foi bastante taxativa parafraseando o líder da
UNITA Jonas Savimbi.
O combate da “Operação
Resgate” será extensível aos mercados informais, armazéns e oficinas instaladas
ao longo dos principais eixos viários, "com influência negativa na
circulação viária", dos mercados informais nas zonas pedonais e nas
passarelas para pedestres e à venda de produtos de roubo e de furto, como
para peças para viaturas e telemóveis. Dentre muitos outros tipos de autuações.
Fotos: Roberto Leal
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