A escritora Zibia Gaspareto vinha lutando contra um câncer de pâncreas |
A
escritora Zibia Gasparetto, 92 anos, completa hoje uma semana de falecida, deixando
órfã uma legião de leitores, amigos e admiradores, da leitura das suas grandes
obras espiritualistas. Sua missão entre nós ganhou passagem para uma nova etapa
ao lado de seus guias espirituais, aqueles que
foram tocados por sua graça, delicadeza e por suas sábias palavras.
A escritora
lutava contra um câncer no pâncreas. E
faleceu no final da tarde da quarta-feira (10), em sua casa, no bairro do Ipiranga,
Zona Sul de São Paulo, enquanto dormia. O enterro foi no Cemitério de Congonhas. Há cinco
meses, ela havia perdido um dos seus filhos, o apresentador Luiz Gasparetto, de
68 anos, que morreu também de câncer, só que no pulmão. Natural de Campinas, interior do
estado, Zibia era muito conhecida na literatura espírita em 68 anos
dedicados ao espiritismo, Zibia Gasparetto publicou aproximadamente 58 obras e
teve mais de 18 milhões de livros vendidos em todo mundo. Os livros dela fazem
uma espécie de ponte entre aqueles que permanecem entre nós e aqueles que nos deixaram.
Nas redes sociais, a equipe da escritora confirmou o seu falecimento.
“Esse legado será eterno e os conhecimentos de Zibia sobre as relações
humanas e espirituais serão transmitidos por muitas e muitas gerações. Ela
segue em paz ao plano espiritual, olhando por todos nós”, diz a equipe da
escritora em nota de despedida em sua página no facebook.
Em 2011
durante o programa Mais Você da Rede Globo, Zibia em depoimento contou também que
na adolescência colecionava frases de filósofos. E seu primeiro contato com a mediunidade aconteceu
aos 22 anos, quando, em um dia, ela se levantou e começou a falar em alemão,
mesmo desconhecendo a língua. “A entidade que estava comigo àquela hora ficava
muito brava, porque meu marido não entendia tudo”, relatou a escritora. Falou também
sobre o seu casamento com Aldo Luiz Gasparetto.
“Ele
partiu em 1980, ele desencarnou em menos de cinco minutos em um infarto
fulminante. Então, eu tive que aprender a andar com as próprias pernas. Acho
que ele se foi porque eu precisava desenvolver a minha capacidade, o meu
trabalho, e eu fiquei mais livre para isso. Mas ele continua, a vida continua.
Se eu estou preocupada com alguma coisa, eu tenho uma poltrona ao lado da minha
cama, ele vem e senta, não fala nada, mas eu o vejo ali dizendo para eu ficar
firme porque ele está me apoiando. O amor continua”, defendeu.
Ao final
daquela conversa, ela disse: "O mundo está muito sofrido, as pessoas têm
que acreditar que a vida continua”.
0 comentários: