A ativista feminina e empresária Diane Rwigara é uma forte oposição a Kagame |
Rwigara
é uma tutsi que nasceu em Kigali, tem três irmãos. Filha de Assinapol
Rwigara, um industrial que era um dos principais financiadores da RPF - Frente
Patriótica Ruandesa, que faleceu em um acidente automobilístico na noite de 4.
02. 2015 em Gacuriro/Kigali, que a sua família acredita em acidente criminoso
por motivação política. Segundo a Polícia ele teve morte instantânea, quando o
carro Mercedez-Benz em que ele dirigia, colidiu de frente com um caminhão
pesado.
Rwigara
que é uma contadora experiente, é uma ativista dos direitos das mulheres, aquela
que se manifestou repetidas vezes contra a forma de governo do país sob a
presidência de Paul Kagame, sobre as injustiças cometidas e a opressão contra
os opositores do governo.
O que lhe rendeu sua oposição a Kagame:
No momento da sua prisão em 2017 |
Em 3. 03. 2017 Rwigara
anunciou sua intenção de concorrer à eleição presidencial e em 72 horas depois,
fotos nuas dela vazaram na internet em uma aparente atitude de intimidação, de
humilhação, algo considerado como um golpe baixo. Os observadores presumiram ser um
esforço para minar sua credibilidade, o que aumentou mais a
sua popularidade. Ela reafirmou a sua intenção de concorrer, levantando a sua
bandeira de campanha na erradicação da pobreza, estabelecer um seguro de saúde
universal e defender a liberdade de expressão, um dos pontos mais importantes
da sua campanha.
Quando Rwigara anunciou sua intenção de concorrer contra Kagame, vários jovens
ruandeses compareceram as suas reuniões enquanto jornalistas faziam suas
coletivas de imprensa. Isso sacudiu o partido e os líderes do governo,
afirmaram observadores.
Em 7.
07. 2017 a Comissão Eleitoral Nacional
desclassificou Rwigara da eleição por motivos técnicos, alegando que
ela havia usado assinaturas falsificadas em sua candidatura e havia
apresentado apenas 572 assinaturas válidas em vez das necessárias 600. Rwigara
alega ter enviado 958 assinaturas, e 120 além das necessárias, depois que
algumas foram desclassificadas. Dois outros candidatos também foram
desqualificados, levando a Anistia Internacional a afirmar que se teria
uma eleição realizada n’um "clima de medo e repressão", á época.
O
Departamento de Estado dos EUA criticou duramente a decisão como a União
Europeia também, Kagame venceu a eleição em 4 de agosto, com 98% dos
votos. Foi então que Rwigara fundou um grupo ativista chamado “Movimento
de Salvação de Pessoas” para desafiar o regime em seu histórico de
direitos humanos, dizendo que o parlamento do país é pouco mais que um carimbo
de borracha. Em 30. 08. 2017 Rwigara tem sua casa invadida, pela polícia com a
acusação de que ela estava sendo investigada por falsificação e evasão
fiscal. A família de Rwigara relatou sua ausência, dizendo que
homens armados desconhecidos em roupas civis os mantiveram sob a mira de uma
arma enquanto a casa era revistada, mas a polícia negou que ela houvesse sido
presa.
uraSuposto assessor está desaparecido e confisco de
bens:
Leon Orsmond, um
criativo publicitário freelancer da África do Sul, que ajudou Rwigara com sua
campanha nas redes sociais, está desaparecido desde fevereiro de 2018 (https://gramrix.com/findleon/). Antes
de seu desaparecimento, Orsmond não fazia segredo quanto a sua antipatia ao
governo de Kagame.
Ela tem sido uma voz crítica rara dentro de Ruanda, repetidamente levantando as
alegações de assassinatos extrajudiciais que exilaram críticos e organizações
internacionais como a Human Rights Watch, que o governo frequentemente realiza
contra seus inimigos.
Procura-se Leon Orsmond |
No mês
de junho de 2018, a Autoridade Tributária de Ruanda vendeu todo maquinário do
negócio de tabaco da família por quase US $ 2 milhões em uma tentativa de
recuperar US $ 7 milhões em impostos atrasados reclamados. Um leilão
anterior de ativos comerciais da família de Rwigara, já havia rendido mais de 500
milhões de francos ruandeses. A Anistia Internacional solicitou ao
Judiciário de Ruanda que garanta que este julgamento não se torne apenas mais
um meio de perseguir e oprimir os opositores do regime de governo.
Campanhas nas Redes Sociais:
Em
agosto de 2018, a hastag #FreeDianeRwigara estava sendo usado por quenianos no
Twitter para pedir que Kagame libertasse Rwigara. Isso aconteceu poucos
dias depois que os usuários do Twitter no Quênia fizeram o mesmo com o membro
do parlamento de Uganda, Robert Kyagulanyi, mais conhecido como Bobby Wine.
"O RPF está com medo", diz Rwigara. “Se
eles são amados pelo povo, como alegam, por que quando alguém como eu anuncia
uma intenção de se candidatar, eles recorrem a todos esses truques sujos para
tentar me desencorajar e me silenciar? Se eles fossem realmente populares,
eles teriam me deixado competir”.
A opinião publica mundial diz:
Tanto
politicamente como economicamente, os sucessos de Ruanda foram amplamente
celebrados e são vistos a olhos nus. Desde janeiro de 2018, o Presidente
Paul Kagame está no comando da União Africana. Ele foi descrito como sendo
um herói; e tem Tony Blair e Bill Clinton entre seus partidários.
Ruanda
possui 64% de representação feminina no Parlamento, que conseguiu reduzir a taxa de mortalidade materna em quase
80% desde 2000. As crianças em Ruanda têm direito a 12 anos de educação
gratuita e as escolas têm a maior taxa de matrícula na África. Mais de 90%
da população está no programa nacional de saúde, com quedas significativas na
malária e HIV/AIDS.
Para combater a desnutrição, Kagame
apresentou o projeto One Cow Per Family, beneficiando centenas de milhares de
famílias. Ele também apresentou o One Laptop Per Child, que até 2016 já
havia distribuído mais de 267.000 laptops para 930 escolas. O crescimento
do PIB ruandês foi em média de 7,26 por cento de 2000-2017. (https://www.dailymaverick.co.za/article/2018-05-07-remembering-rwanda/). E Paul Kagame segue firme para mais um mandato de sete anos.
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