quinta-feira, 30 de agosto de 2018

A SAGA DA ATIVISTA DIANE RWIGARA EM RUANDA

Publicado por Roberto Leal As quinta-feira, 30 de agosto de 2018  | Sem Comentarios

A ativista feminina e empresária Diane Rwigara é uma forte oposição a Kagame
 Diane Shima Rwigara, 37 anos, é uma empresária ruandesa e ativista dos direitos das mulheres que disputou como candidata independente nas eleições presidenciais ruandesas de 2017. Em 23. 09. 2017 Rwigara foi acusada ao lado de sua mãe e quatro outros réus, de "incitação à insurreição", dentre outras acusações, e por esse motivo foram presas.
Rwigara é uma tutsi que nasceu em Kigali, tem três irmãos. Filha de Assinapol Rwigara, um industrial que era um dos principais financiadores da RPF - Frente Patriótica Ruandesa, que faleceu em um acidente automobilístico na noite de 4. 02. 2015 em Gacuriro/Kigali, que a sua família acredita em acidente criminoso por motivação política. Segundo a Polícia ele teve morte instantânea, quando o carro Mercedez-Benz em que ele dirigia, colidiu de frente com um caminhão pesado. 
Rwigara que é uma contadora experiente, é uma ativista dos direitos das mulheres, aquela que se manifestou repetidas vezes contra a forma de governo do país sob a presidência de Paul Kagame, sobre as injustiças cometidas e a opressão contra os opositores do governo.
O que lhe rendeu sua oposição a Kagame:
No momento da sua prisão em 2017
Em 3. 03. 2017 Rwigara anunciou sua intenção de concorrer à eleição presidencial e em 72 horas depois, fotos nuas dela vazaram na internet em uma aparente atitude de intimidação, de humilhação, algo considerado como um golpe baixo. Os observadores presumiram ser um esforço para minar sua credibilidade, o que aumentou mais a sua popularidade. Ela reafirmou a sua intenção de concorrer, levantando a sua bandeira de campanha na erradicação da pobreza, estabelecer um seguro de saúde universal e defender a liberdade de expressão, um dos pontos mais importantes da sua campanha. Quando Rwigara anunciou sua intenção de concorrer contra Kagame, vários jovens ruandeses compareceram as suas reuniões enquanto jornalistas faziam suas coletivas de imprensa. Isso sacudiu o partido e os líderes do governo, afirmaram observadores.
Em 7. 07.  2017 a Comissão Eleitoral Nacional desclassificou Rwigara da eleição por motivos técnicos,  alegando que ela havia usado assinaturas falsificadas em sua candidatura e havia apresentado apenas 572 assinaturas válidas em vez das necessárias 600. Rwigara alega ter enviado 958 assinaturas, e 120 além das necessárias, depois que algumas foram desclassificadas.  Dois outros candidatos também foram desqualificados, levando a Anistia Internacional a afirmar que se teria uma eleição realizada n’um "clima de medo e repressão", á época. 
O Departamento de Estado dos EUA criticou duramente a decisão como a União Europeia também, Kagame venceu a eleição em 4 de agosto, com 98% dos votos. Foi então que Rwigara fundou um grupo ativista chamado “Movimento de Salvação de Pessoas” para desafiar o regime em seu histórico de direitos humanos, dizendo que o parlamento do país é pouco mais que um carimbo de borracha. Em 30. 08. 2017 Rwigara tem sua casa invadida, pela polícia com a acusação de que ela estava sendo investigada por falsificação e evasão fiscal.  A família de Rwigara relatou sua ausência, dizendo que homens armados desconhecidos em roupas civis os mantiveram sob a mira de uma arma enquanto a casa era revistada, mas a polícia negou que ela houvesse sido presa. 
uraSuposto assessor está desaparecido e confisco de bens:
Leon Orsmond, um criativo publicitário freelancer da África do Sul, que ajudou Rwigara com sua campanha nas redes sociais, está desaparecido desde fevereiro de 2018 (https://gramrix.com/findleon/).  Antes de seu desaparecimento, Orsmond não fazia segredo quanto a sua antipatia ao governo de Kagame. Ela tem sido uma voz crítica rara dentro de Ruanda, repetidamente levantando as alegações de assassinatos extrajudiciais que exilaram críticos e organizações internacionais como a Human Rights Watch, que o governo frequentemente realiza contra seus inimigos.
Procura-se Leon Orsmond
No mês de junho de 2018, a Autoridade Tributária de Ruanda vendeu todo maquinário do negócio de tabaco da família por quase US $ 2 milhões em uma tentativa de recuperar US $ 7 milhões em impostos atrasados reclamados.  Um leilão anterior de ativos comerciais da família de Rwigara, já havia rendido mais de 500 milhões de francos ruandeses.  A Anistia Internacional solicitou ao Judiciário de Ruanda que garanta que este julgamento não se torne apenas mais um meio de perseguir e oprimir os opositores do regime de governo. 
Campanhas nas Redes Sociais:
Em agosto de 2018, a hastag #FreeDianeRwigara estava sendo usado por quenianos no Twitter para pedir que Kagame libertasse Rwigara. Isso aconteceu poucos dias depois que os usuários do Twitter no Quênia fizeram o mesmo com o membro do parlamento de Uganda, Robert Kyagulanyi, mais conhecido como Bobby Wine.  "O RPF está com medo", diz Rwigara. “Se eles são amados pelo povo, como alegam, por que quando alguém como eu anuncia uma intenção de se candidatar, eles recorrem a todos esses truques sujos para tentar me desencorajar e me silenciar? Se eles fossem realmente populares, eles teriam me deixado competir”.
A opinião publica mundial diz:
Tanto politicamente como economicamente, os sucessos de Ruanda foram amplamente celebrados e são vistos a olhos nus. Desde janeiro de 2018, o Presidente Paul Kagame está no comando da União Africana. Ele foi descrito como sendo um herói; e tem Tony Blair e Bill Clinton entre seus partidários.
Ruanda possui 64% de representação feminina no Parlamento, que conseguiu  reduzir a taxa de mortalidade materna em quase 80% desde 2000. As crianças em Ruanda têm direito a 12 anos de educação gratuita e as escolas têm a maior taxa de matrícula na África. Mais de 90% da população está no programa nacional de saúde, com quedas significativas na malária e HIV/AIDS.
Para combater a desnutrição, Kagame apresentou o projeto One Cow Per Family, beneficiando centenas de milhares de famílias. Ele também apresentou o One Laptop Per Child, que até 2016 já havia distribuído mais de 267.000 laptops para 930 escolas. O crescimento do PIB ruandês foi em média de 7,26 por cento de 2000-2017. (https://www.dailymaverick.co.za/article/2018-05-07-remembering-rwanda/). E Paul Kagame segue firme para mais um mandato de sete anos.


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