No último dia 7 de fevereiro,
fez 101 da morte por suicídio do rei Mandume ya Ndemufayo, da etnia Kwanyama,
um dos mais poderosos do reino Ambó, da província do Cunene, in Angola.
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Mandume rei da etnia Kwanyama |
Segundo a história o rei ya
Ndemufayo, defendeu seu povo durante seu reinado entre 1911 a 1917, em um dos períodos
mais difíceis da história da região Sul, foi quando preferiu se suicidar a ser
capturado pelos colonizadores portugueses, diante do enfraquecimento na luta e
por esse motivo é venerado até os dias de hoje pelo povo angolano.
Na província do Cunene, na
localidade de Oihole, no município de Namacunde as comemorações deram lugar a palestra,
corridas de cavalos e exibição de dança
tradicional do povo Kwanyama, além de visita ao túmulo do rei Mandume,
anualmente é celebrada com destaque a sua morte, que foi um temido e forte
guerreiro na luta contra o domínio escravizador português, um grande líder da resistência
no Sul de Angola.
“O cavalheiro incomparável” é o
apelido que lhe foi dado pelo povo Ambó e a tradição exalta o seu nome e o seu
feito, e todos os anos atividades são programadas para conscientizar as novas
gerações, da criação do sentimento de patriotismo e de fidelidade pela nação.
Conta-se que foi a partir da morte
do rei Mandume, que os portugueses conseguiram ocupar definitivamente aquele
território e que foi através das constantes vitórias dos guerreiros Kwanyamas, que
os escravizadores tiveram que buscar reforços e desesperados utilizaram a
traição, corrompendo alguns sobas, elementos do povo Kwanyama, que aquela
altura estava contando com a ajuda dos alemães na venda de armas.
Em 2002, na localidade de
Oihole, foi inaugurado pelo Executivo angolano um memorial para enaltecer a
figura do rei, com as presenças do Chefe
de Estado angolano José Eduardo dos Santos e pelo ex-presidente da Namíbia Sam
Nujoma.
Fonte: ASCOM/Revista Òmnira
Foto: Divulgação
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