Uma antiga tradição dos
espertos italianos começa a ganhar novamente vida na Bahia, é uma tradicional
forma de sorteio que já tem foi muito popular por aqui nos anos 80/90, a venda
de rifas, o que vem virando uma febre, principalmente no Centro Histórico de
Salvador, aonde a coisa vem revivendo uma moda bem antiga, onde mulheres, na
sua maioria garotas novinhas e muitos homens e rapagões, na luta de vencer o
desemprego e a falta de oportunidade no Mercado de Trabalho, que levam o dia
para cima e para baixo, de um lado para o outro, descendo e subindo ladeiras e
escadas, entrando em ruas e becos pelo Centro da Cidade do Salvador.
Seja no Pelourinho, na Praça do
Terreiro de Jesus. Seja na Praça da Sé, como também na Avenida Sete e sua
adjacência, como em alguns outros bairros com uma frequência muito forte, como
é o caso de Baixa de Quintas e Sete Portas. São rapazes tatuados, mas do tipo
despojado, de boné, de camiseta e de short e as mulheres vestidas na maioria das vezes em
shorts minúsculos, calças legs e a moda que realcem seus dotes, atributos e
tatuagens, ambos já possuem cadastrados em mente uma rede de clientes e amigos,
que compram o popular “bilhete” da sua rifa, que oferece como premiação:
dinheiro vivo em espécie e que deixa ali a sua assinatura ou seu nome
registrado.
São na verdade rifas que na sua
premiação traz o dinheiro arrecadado, que é pago como premio para o acertador
da dezena oculta da rifa (foto), claro que a “banca” como chama quem é
responsável pelo sorteio, leva a sua parte. E o que é mais interessante elas
mostram habilidade para lidar com a situação, até tentando fazer venda para
turistas e desconhecidos. Entre os clientes apostadores assíduos, estão: ambulantes,
motoristas de táxi e até lojistas, e vendem também até fiado, para quitação
antes do final do sorteio.
Existe a hipótese
de que a primeira rifa teve sorteio em um restaurante no Sul da Itália, onde o
dono estava vivendo em um péssimo momento financeiro e assim decidiu colocar 30
números em um papel (numeração de 1 a 30) e vende-los, e ao final sortear um
número e ao feliz ganhador como prêmio, foi-lhe servido uma “macarronada”, que
era único recurso de preparo disponível que ele tinha naquele momento. O
sucesso financeiro foi tão grande, que todo ano o comerciante fazia esse tipo
de sorteio e os habitantes da região aderiram muito bem ao jogo,onde as suas peças principais são um papel e uma caneta.
Texto & foto: Roberto Leal
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