segunda-feira, 14 de agosto de 2017

GENERAIS DA DITADURA E A SUPOSTA POBREZA PRESIDENCIAL

Publicado por Roberto Leal As segunda-feira, 14 de agosto de 2017  | 2 Comentario

Generais que governaram o país e não se corromperam 

Um dos maiores males que atinge o povo brasileiro, está em não conhecer a sua verdadeira história, por falta de pesquisa e de interesse pela leitura e pelo conhecimento através dos escritos. Temos uma nação repleta de analfabetos funcionais, aqueles que sabem ler, mas não cultua a capacidade de interpretar com precisão o texto que acabara de ler. O povo se deixa levar por meia dúzia de pseudos intelectuais que manipulam e influenciam através daquilo que escreve e propaga como a verdade, em beneficio próprio, dos seus próprios interesses e de barganhas ligadas a sua carreira e vida própria.

Parte disso está a nossa história com relação aos cinco generais presidentes do nosso país e que os professores não contam e nem procuram contar nas escolas.

Quando o general Castello Branco (Humberto de Alencar Castello Branco) morreu num desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas. Castello Branco era amigo pessoal da escritora Raquel de Queiroz e era parente do escritor José de Alencar.

O general Costa e Silva (Artur da Costa e Silva), acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de permanecer até o desenlace no Palácio das Laranjeiras, deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção, em Copacabana.
Uma das histórias políticas mais belas da América do Sul, senão a mais bela! Entre os políticos gaúchos, encontra-se um nome que chama atenção, é o de Ernesto Costa e Silva, tio do ex-marechal Costa e Silva. Para quem ainda não sabe Ernesto Costa e Silva, foi o dono da maior biblioteca particular de que já se teve notícia no mundo. Ernesto Costa e Silva foi quem escreveu juntamente com o jurista Rui Barbosa, a primeira Constituição Republicana em 1892, quando ainda era muito jovem, tornou-se um dos deputados federais pelo seu Estado e não ficou só ai. Ele foi deputado federal por oito legislaturas/oito mandatos e assinou a quarta Constituição Federal.  

O general Garrastazu Médici (Emílio Garrastazu Médici) dispunha, como herança de família, uma fazenda de gado em Bagé, mas quando adoeceu precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão.
É que o marechal Garrastazu Médici, veio de uma família riquíssima de Bagé/RS e que também é muito rica culturalmente! Médici descendia da dinastia dos Médici ítalo/franco, que por sua vez descendia do Papa Júlio I, substituto de São Pedro. Foi um dos fundadores e disseminadores do catolicismo no mundo, embora que o sobrenome Garrastazu venha da etnia basca do norte da Espanha. Até hoje sua família em Bagé possui muitos bens. Médici foi um dos generais que renunciou a bens pessoais. Era torcedor do Flamengo, inclusive ia aos domingos ao Maracanã, para ver o Flamengo jogar e não se fazia acompanhar por seguranças.

O general Ernesto Geisel (Ernesto Beckmann Geisel), antes de assumir a Presidência da República, comprou o Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio de Janeiro.
A família do general Geisel nunca teve muitos bens. Ele sempre viveu para o exército. Com o “Estado do Sitio” empregado no Brasil por Getúlio Vargas nos anos trinta (1930) onde os governadores passaram a ser nomeado, Geisel que se destacou no Estado da Paraíba, quando da briga entre as forces política do Estado. Ele, Geisel foi indicado pelo comando do exército sediado no Recife, para ser o Secretário da Fazenda daquele Estado, onde atuou por três anos.

Já o general Baptista Figueiredo (João Baptista de Oliveira Figueiredo), depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis onde morava, vendendo primeiro os seus belos cavalos e depois a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado/RJ que os filhos agora colocaram à venda, ao que parece em mal estado de conservação. Quando necessitou de tratamento médico para fazer uma cirurgia, foi operado no Hospital dos Servidores do Estado, no Rio de Janeiro.
O general Figueiredo quando deixou a presidência da República, pronunciou uma frase inesquecível que diz: “Cada povo tem o governo que merece”,  a frase da qual lhe deram autoria na época, foi dita na verdade pelo filósofo francês Joseph-Marie Maistre (1753-1821).

Isso pode não querer dizer nada, mas os cinco Generais Presidentes, até podem ter cometido erros, mas não se meteram em negócios escusos; não enriqueceram com o dinheiro público; nem receberam benesses de empreiteiras beneficiadas durante seus governos. Sequer criaram institutos destinados a preservar seus documentos ou agenciar contratos para consultorias e palestras regiamente remuneradas. “Erros foram praticados durante o regime militar, eram tempos difíceis”. Claro que no reverso da medalha foi promovida ampla modernização de nossas estruturas materiais, para os dias de hoje, onde uma ditadura militar (como acusam os que não leem) não teriam as proporções de outrora.

É importante frisar que nenhum deles fez a apologia a sua própria carreira, mandando fazer um filme pseudo biográfico, pago com dinheiro público, de auto exaltação e culto à própria personalidade; nenhum deles usou dinheiro público para fazer um parque homenageando a própria mãe; nenhum deles usou o hospital Sírio e Libanês; nenhum deles comprou avião de luxo no exterior; nenhum deles enviou nosso dinheiro para "ajudar" outros países; nenhum deles saiu de Brasília, ao fim do mandato, acompanhado por 11 caminhões lotados de toda espécie de móveis e objetos roubados; nenhum deles se expressava/falava errado; nenhum deles nunca  apareceu em público embriagado;  nenhum deles nunca apoiou possíveis desonestos e todos eles possuíam nível superior.

O que o professor e jornalista Carlos Chagas, da UNB em Brasília descreveu em muitas linhas que produziu nos seus artigos, deixa bem claro o sistema corrupto mantido através do propino-duto, que se instalou nesse país, onde justiça, desordens, roubalheira, nepotismo politico, estão sendo praticados todos os dias, nos mesmos lugares. Até que os juízes e ministros dos tribunais superiores, podem não ter muita culpa, mas, são coniventes. Os maiores culpados mesmo são os representantes políticos. Se fosse aberto um processo generalizado de avaliação dos bens de todos os políticos brasileiros, garantem pesquisadores que 95% não passariam despercebido a roubalheira que se encrustou na nação Tupiniquim, seria comprovado “destes” o enriquecimento ilícito. Como disse o jornalista e apresentador de televisão Boris Casoy “Isto é uma vergonha”. Para o comentarista da Rede Globo em Santa Catarina/RBS, José Carlos Prestes que disse que desde o fim da ditadura “O Brasil andou para trás”.
Texto: Roberto Leal



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2 comentários:

  1. É uma verdade, apesar das mãos férreas. Não usaram de propinas nem de outros meios escusos para aparecerem no cenário político. Apenas foram fiéis a uma ideologia que não se sustentou por motivos óbvios.

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  2. Por isso que gosto daquela frase de Roberto Leal, "Quem não lê, pouco sabe em nada opina, só ouviu dizer"! Ainda digo mais, opinam sem saber o que dizem. Bom, pelo o que já li a respeito, me lembro vagamente desses episódios porque eu era muito jovem quando a ditadura chegou ao fim na década de 80. Pelo o que sei teve muitos altos e baixos. A censura barrava o acesso à informação e forçava artistas a viver no exílio. E demorou para o povo retomar o hábito de ir às ruas para se manifestar e cobrar por seus direitos.
    Nas grandes cidades, a televisão virou a principal fonte de entretenimento das famílias e a classe média ganhou acesso inédito a casas, bens de consumo e educação etc. porém isso custou muito caro, setores militares e da polícia se especializaram em torturar, matar e esconder cadáveres. Contudo, corrupções que o Brasil enfrenta, nunca li e nem assisti algo semelhante!


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