quinta-feira, 16 de março de 2017

QUEM SEM CULTURA FERE COM CULTURA SERÁ FERIDO

Publicado por Roberto Leal As quinta-feira, 16 de março de 2017  | Sem Comentarios

Secretaria de Cultura e Órgãos Públicos do setor sofre com criticas de intelectuais e artistas que se rebelam contra o aparente descaso 

Palco da Biblioteca Pública do Estado - Barris
Para se evitar o caos na Cultura é preciso um trabalho de urgência, para que não se transforme n’uma situação de emergência. O Governo precisa agir de maneira imediatista para evitar o colapso da cultura em nosso Estado, entre mil razões do seu aparente descaso, está à falta de Espaços para que os artistas possam se apresentar; escritores pedem a desburocratização desses editais que só beneficiam um; pedem a criação de Edital para pequenos projetos, beneficiando vários artistas em pequenos custos; querem a reforma das instalações das Bibliotecas Públicas para melhor atender ao público visitante e aos artistas que ali se apresentem... Tem se notado a olhos nus, que o número de artistas de rua tem aumentado gradativamente, espaços estão sendo usados como: ônibus e praças, diante da escassez de espaço público para apresentações e espetáculos. Resta mesmo aos artistas a opção de usar as vias públicas, porém, podem se deparar com a fiscalização da prefeitura que não apoia esse tipo de ocupação.

Sem os periódicos as estantes estão assim... 
Artistas já se manifestaram organizando uma Secretária de Cultura paralela, segundo matéria (no jornal Tribuna da Bahia) do jornalista e escritor Albenísio Fonseca “Artistas se rebelam e criam Secretaria de Cultura Paralela”, aos pouco as ações tomam o rumo de grandes eventos, mobilizações, protestos, manifestos e muitos serão os eventos organizados nas redes sociais e nas ruas, por entidades, associações, artistas, poetas, escritores e músicos em protesto ao descaso com a Cultura no nosso Estado. A Biblioteca Publica do Estado, nos Barris, por exemplo, está com o palco completamente deteriorado e o balcão do Quiosque está quebrado; os quatro elevadores parados; bebedouros sem água, salas sem ar condicionado; escritores denunciam ainda a compra de lâmpadas; o Quadrilátero vive as escuras mesmo em dias de eventos; os jornais para pesquisa nas bibliotecas tornou-se algo muito raro.

E a indignação da classe artística fica por conta da cobrança de taxa para que o artista possa usar aquele aparelho público, seja Quadrilátero, seja auditório ou Foyer, como qualquer das outras Bibliotecas administradas pela FPC – Fundação Pedro Calmon, órgão subordinado a Secretaria de Cultura do Estado. A atual diretora da BPE-Biblioteca Pública do Estado, Lívia Freitas informou que a casa adotou mudanças e hoje oferece um       Regulamento, inclusive com formulário de Pedido de Pauta, os artistas podem acessar no site: http://www.fpc.ba.gov.br onde também constam normas sobre a Gratuidade de uso de Espaço - os eventos que podem ser realizados sem custo e onde estão enquadrados também os eventos taxados com valores. Só que, os artistas veem esses formulários como uma forma de burocratizar – significa dificultar o acesso ao objetivo, que antes se fazia de forma mais simples, através de oficio a Direção. Os interessados terão acesso ao formulário de “Pedido de Pauta” para eventos nos Espaços da Fundação Pedro Calmon neste link: http://www.fpc.ba.gov.br/arquivos/File/Cessao_de_Espaco/Anexo_II_Pedido_de_Pauta.pdf
Quiosque do Espaço Quadrilátero

Com o projeto “Amigo da Biblioteca” a BPE está convidando escritores, poetas, contadores de história e artistas da palavra de uma forma geral, a fazer uma visita levando sua pauta, seu evento e levar seu projeto, a biblioteca se disponibiliza a dialogar. A diretora Lívia Freitas muito otimista prevê melhoras em razão das próprias necessidades do Espaço, e acredita em que as providencias já estão sendo tomadas nesse sentido. Quanto aos jornais, quem responde pela Sala de Leitura, agora de prateleiras vazias, é o Setor de Comunicação da FPC. A BPE está buscando e apelando para novos parceiros e aceitando doação de assinaturas dos principais jornais, para manter a Sala de Leitura, segundo funcionário do setor, “a situação está sem previsão de normalidade”.

Membros da UBESC – União Baiana de Escritores se reuniram na Cantina da Lua, no sábado próximo passado - 11/03, às 16:30 horas, quando da realização de atividade cultural com o lançamento dos livros: SARAMBOKE do poeta Elizeu Moreira Paranaguá e ARRESTO do também poeta Bernardo Monteiro, e ali discutiram formas e maneiras de buscar novos espaços dentro da cidade e também firmaram compromisso de levar aos poderes públicos do setor a sua indignação através de: notas, matérias em sites e blogs, eventos, palestras, manifestações nas redes sociais e reuniões com os artistas da palavra, para que novos rascunhos e mudanças sejam estudadas. E como se não bastasse, em detrimento do uso da palavra “crise”, vários espaço considerados de uso público na nossa cidade, vem cumprindo ordem das suas próprias diretorias, e estão cobrando taxas a titulo de colaboração, para cobrir despesas que deveriam ser saldadas pelos setores competentes dessas mesmas Casas de Cultura.

Por último temos ainda a FGM - Fundação Gregório de Mattos, órgão subordinado a PMS-Prefeitura Municipal do Salvador, que faz aquele papel de Secretária de Cultura do Município, artistas também fazem as suas queixas, FGM que sem muito promover por dita falta de recursos, e conclusão dos seus editais e projetos limitados, mantem prédio na Praça Castro Alves abarrotado de funcionários que nada podem fazer, e apenas cumprem. É preciso desburocratizar todo e qualquer tipo de edital que beneficie poucos, esquecendo-se de muito mais. O acesso a apoio de pequenos projetos é fundamental para fomentar cultura. É preciso ver a forma mais facilitada para que se gaste o pouco “que dizem” destinados para um número maior de contemplados e na FGM não deve ser diferente.

Texto e fotos: Roberto Leal








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