quinta-feira, 2 de março de 2017

O AFOXÉ FILHOS DE GANDHY E A DIÁSPORA AFRICANA NO CARNAVAL DE SALVADOR

Publicado por Roberto Leal As quinta-feira, 2 de março de 2017  | Sem Comentarios


O tapete branco da Paz
O afoxé Filhos de Gandhy, fundado por estivadores portuários da cidade no dia 18 de fevereiro de 1949, tornou-se o maior e dito o mais belo Afoxé do Carnaval da Bahia, em Salvador. Constituído exclusivamente por homens e inspirado nos princípios de não violência e PAZ de Mahatma Gandhi, o bloco traz a tradição da religião africana ritmada pelo agogô nos seus cânticos de ijexá na língua Iorubá. Utilizaram lençóis e toalhas brancos como fantasia, para simbolizar as vestes indianas.
Tornou-se o mais famoso e o maior dos Afoxés da Bahia, que conta com aproximadamente 10.000 integrantes. E contam as estatísticas ser o maior afoxé do mundo, como o mais famoso também, pelas suas tradições que encantam baianos, brasileiros e turistas de todo mundo e em todas as línguas. Tradicionalmente a 'fantasia' contém, além do turbante e das vestimentas, um perfume de alfazema e colares azul e branco. Os colares já são conhecidos tradicionalmente por "colar dos filhos de Ghandy", que são oferecidos para os admiradores como forma de desejar-lhes paz durante o carnaval e ao longo do ano. E para as mulheres tradicionalmente vai em forma de souvenir em troca de um beijo.
O futuro do Gandhy passa de pai para filho
As cores dos colares são um referencial de paz e o afoxé enfoca Oxalá, que é o Orixá maior. O branco e o azul intercalados é o fio-de-contas do Oxalá menino, o Oxaguiam, que correspondem: o branco a Oxalufon seu pai e o azul a Ogum de quem é inseparável; as contas são amuletos da sorte. E cada um usa de acordo com a indumentária, da maneira que se achar elegante, não existe quantidade fixa de contas para cada colar, nem quantos colares se deve usar.
O tema dos Filhos de Gandhy este ano foi "DIÁSPORA AFRICANA A Travessia Não me Abateu. Tornou-me Forte!" O “tapete branco” do afoxé Filhos de Gandhy que invade as ruas do Centro Histórico de Salvador para pedir paz e proteção para os três dias em que o bloco desfila no Carnaval de Salvador. A passagem do afoxé é um dos momentos mais esperados da festa momesca, marcado por rituais, como o banho de milho branco, quando também soltam várias pombas brancas e pelos cânticos ritmados pelo Ijexá, quando os foliões pedem proteção aos orixás, ao som da saudação "Ajayô" que significa: sopro de saudação a Oxalá, que na igreja católica é Senhor do Bonfim.

Fotos: Roberto Leal

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