O poeta, crítico de
arte, dramaturgo, biógrafo, tradutor e escritor maranhense Ferreira Gullar faleceu
neste domingo (04/12), às 10 horas da manhã, aos 86 anos, a morte foi
confirmada pela sua neta Celeste, ele que era também colunista de a Folha de
São Paulo. O escritor estava internado
no Hospital Copa D'Or, na Zona Sul do Rio, por complicações pulmonares. A
partir de um diagnostico de pneumotórax, o escritor contraiu uma forte
pneumonia. Ferreira Gullar assumiu ao longo da sua vida como um dos fundadores
do Movimento Neoconcretismo, o poeta que já havia participado de todos os
acontecimentos mais importantes da poesia brasileira.
Imortal da Academia Brasileira
de Letras desde 2014, como intelectual recebeu diversos prêmios. Em 2007,
venceu o Prêmio Jabuti de melhor livro de ficção do ano com a sua obra
"Resmungos". Em 2010, recebeu o Prêmio Camões, o mais importante dos
países de língua portuguesa, e o Honoris Causa da Faculdade de Letras da
Universidade Federal do Rio de Janeiro. Dentre tantas outras honrarias
relacionadas ao longo da sua carreira literária. O seu último livro foi “Autobiografia Poética & Outros textos” da
Ed. Autêntica.
Era o quarto em uma
família de 11 filhos do casal Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart, ele
nasceu José Ribamar Ferreira no dia 10 de setembro de 1930 em São Luiz, no Maranhão.
No início da década de 1950, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde, em 1956,
participou da exposição concretista que é considerada o marco oficial do início
da poesia concreta. Três anos depois criou com Lígia Clark e Hélio Oiticica, o
neoconcretismo, que valoriza a expressão e a subjetividade em oposição ao
concretismo ortodoxo.
Como militante do
Partido Comunista, foi exilado na década de 1970, durante a ditadura militar,
vivendo entre a União Soviética, a Argentina e o Chile. Retornou ao Brasil em
1977 e foi preso por agentes do Departamento de Polícia Política e Social no
dia seguinte ao desembarcar, no Rio de Janeiro. Foi libertado depois de 72
horas de interrogatório graças à intervenção de amigos junto as autoridades do
regime. Depois disso, retornou aos poucos às atividades de critico, escritor e
jornalista. Ainda não se tem informações sobre a data e horário do velório.
Fonte: ASCOM/Revista Òmnira
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