*Roberto Leal
Armas para combater a revolta popular |
Ontem pela manhã, dia 19/09, em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo (RDC/África), quando acontecia um protesto contra o Presidente Joseph Kabila que, segundo informações, pretende estender o seu mandato, quando adiou as eleições previstas para novembro, para o próximo ano. O protesto levou milhares de pessoas às ruas de diversas cidades. Na capital, o protesto que foi o maio no país, foi barbaramente reprimido com forte violência pela polícia. Até o momento, segundo informações do governo anteriormente davam conta de 17 pessoa mortas, em violentos confrontos, em Kinshasa, mas alertou que o número de mortos poderia aumentar. Os manifestantes resistiram à intensa repressão improvisando barricadas, usando paus e pedras como armas para se defender. Carros foram incendiados. Foram mortos três agentes da polícia nacional, disse o ministro do Interior, Evariste Boshab em uma conferência de imprensa em Kinshasa. O povo ainda não havia se restabelecido do massacre do ano passado, quando dezenas de pessoas morreram em outra manifestação contra o governo.
Há fortes indícios e relatos de prisão de manifestantes e jornalistas na capital de forma ilegal, bem como em Goma e Kisangani, onde também ocorreram protestos. A pressão é para que o presidente Joseph Kabila se afaste do poder quando o seu mandato presidencial acabar legalmente, em dezembro próximo."Estamos protestando porque detestamos aquilo que se passa em nosso país. O presidente Kabila não quer libertar o país e não quer organizar as eleições. É por isso que hoje somos forçados a protestar para mostrar a nossa discordância quanto às eleições. Se Kabila não respeita a constituição, faremos com que ele a cumpra”, declara um manifestante revoltado, em Kinshasa. Joseph Kabila está no poder desde 2001, portanto 15 anos. O povo clama por uma renovação. Os atos de violência dessa segunda-feira passada, veio com uma proporção maior que o de janeiro de 2015, quando as forças de segurança reprimiram manifestantes após outra manifestação de oposição ao Governo, onde dezenas perderam, suas vidas. O povo ainda não tinha nem se restabelecido desse massacre. Os Estados Unidos já ameaçaram sanções contra figuras políticas no Congo devido as freqüentes manobras para prorrogar governo, provocando atraso nas eleições.
Fonte: ASCOM/Revista Òmnira
Foto: Divulgação
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