Primeira logomarca oficial da ALA |
No
dia 19 de julho de 2014, um dia de sábado, três amigos, os jornalistas Roberto
Leal, da Bahia/Brasil, Francisco Paulo, de Angola e o empresário e escritor
Vlademiro Ngola, também de Angola, companheiros de projetos culturais, se
encontraram para um bate papo, na Praça de Alimentação, do Bellas Shopping,
região do Talatona, em Luanda, capital de Angola. A princípio nenhum deles
sabia e nem tinham a intenção de provocar aquele feito de tamanha envergadura
para o movimento literário de Angola. No início, o que era apenas uma conversa para
planejar uma campanha publicitária em torno de um deles, o escritor e
jornalista brasileiro Roberto Leal, editor da revista de literatura Òmnira, que
fazia uma turnê literária pelo país, com lançamento de livros, palestras e
promoção da literatura baiana; acabou nascendo à instituição com prerrogativas
para ser uma das mais importantes do segmento literário do país africano.
Em meio a uma conversa descontraída em
torno da literatura, letras, jornalismo e publicações, anotações, às vezes um
telefonema de contato, diálogos e preparação de agenda, depois de alguns goles (d’água),
surgiu à ideia de dar vida a uma entidade que agregasse mais as políticas
literárias, facilitando a vida dos escritores angolanos. O que no começo era
para ser um núcleo da UBESC-União Baiano de Escritores/Brasil, instituição da
qual Roberto Leal é presidente, transformou-se em Academia de Letras de Angola
(ALA), por iniciativa de Vlademiro Ngola, imediatamente veio à ideia
empreendedora, com a assessoria do jornalista Francisco Paulo e as anotações de
Roberto Leal. O trio unido começou logo a traçar ideias para dar vida à nova
instituição. Surpreso em saber que em Angola não existia uma Academia de
Letras, o brasileiro Roberto Leal era um dos mais entusiasmado com a ideia de
se ver estrangeiro em uma academia de letras de um país africano.
Roberto Leal editor e escritor brasileiro |
Inicialmente as pretensões se avançaram
pela legalização da entidade que ficou sob a batuta/responsabilidade do
escritor Vlademiro Ngola e assessoria do jornalista Francisco Paulo, que já
criou inclusive a logomarca oficial da entidade. Com essas primeiras providências
adotadas vêm à fase de adesão às cadeiras e nomeação dos membros efetivos do
corpo de escritores para compor a ALA, que deve ser apresentada como entidade
de utilidade pública de
reconhecimento nacional, com sede e localização para as
suas atividades.
A Academia de Letras de Angola poderá
seguir o modelo da Academia Francesa e ser constituída por 40 membros efetivos
e perpétuos. Além deste quadro, também poderá contar com até 20 membros
correspondentes estrangeiros. A instituição ainda poderá adotar o exemplo do
estatuto da Academia Brasileira de Letras, que “estabelece que para alguém
candidatar-se deve ter publicado, em qualquer gênero da literatura, obras de
reconhecido mérito ou, fora desses gêneros, livros de valor literário”.
Patronos
e imortais da ALA - O jornalista Roberto Leal que recebeu lista de nomes de
escritores angolanos adianta que as cadeiras devem ter patronos como: Agostinho
Neto, Hoji ya Henda, Jonas Savimbi, Rainha Nginga e Uanhenga Xitu dentre muitos
outros valores sócio-politico-culturais do país que devem ser homenageados. Autores
angolanos como Ana Paula Ribeiro Tavares, Antonio Panguila, José Eduardo
Aqualusa, Ismael Mateus, João Melo, John Bella, José Luís Mendonça, Eugénia
Neto, Ngonguita Diogo e Pepetela, são nomes que não devem ser esquecidos para
assumir cadeiras na ALA, diante das suas promissoras carreiras literárias.
Escritores Francisco Paulo e Vlademiro Ngola |
O escritor Roberto Leal destaca que a ALA
deve buscar o seu modelo de trabalho, dentro das possibilidades que os escritores
decidirem para o futuro da entidade e torce para que a cultura do país receba
com muito entusiasmo essa grande novidade. “Esperam-se que os intelectuais
angolanos abracem a ideia e levantem a bandeira pela causa da criação da
Academia, fazendo disso um novo elemento de fortalecimento da cultura africana
e do enriquecimento do patrimônio cultural angolano, como também pela
valorização da literatura de língua portuguesa que ganhará mais referência em
África”, diz Leal.
Em uma rápida
pesquisa na internet, só é possível encontrar no continente africano somente mais
dois países, além de Angola, que já fundaram suas Academias de Letras: Guinea
Ecuatorial, com a Academia de Las Letras de Guinea Ecuatorial, fundada no dia
25 junho de 2009 e Cabo Verde, na Cidade de Praia, onde
foi fundada a Academia Cabo-verdiana de Letras (ACL), no dia 25 de
setembro de 2013.
Contatos da ALA: em Luanda, com o escritor Vlademiro
Ngola +244 933103838 e +244 933161616, com o jornalista e
escritor Francisco Paulo +244 924585816 e +244 925459091 ou alangola2014@yahoo.com.br, no
Brasil com o jornalista e escritor Roberto Leal 55 (71) 8688-8096 ou lealomnira@yahoo.com.br
Jornalista: Carlos Souza
Yeshua
Fotos: 1- Patrícia Souza 2- Roberto Leal
Fotos: 1- Patrícia Souza 2- Roberto Leal
Parabéns ao trio e parabéns para a poesia e a literatura, que ganha uma entidade de peso e respeito.
ResponderExcluirCom Vlademiro Valter, Francisco Paulo e todos os interessados/engajados nessa luta, tenho certeza Valdeck Almeida de Jesus, quem ganhará será a cultura e a literatura mundial... Viva a ALA!
ExcluirIniciativa bestial como está é de invejar.
ResponderExcluirEspero que seja inclusivo de modo real da Nossa Angola.
Bem haja.