Cantou o amor. Era compositor, arranjador, intérprete, cantor e poeta, com vários livros publicados, o último deles "Angolando Poesias e Canções", Éditions Lusophone/Paris-2008, que foi lançado também no Brasil, com assessoria da Editora Òmnira e que tem apresentação do jornalista Roberto Leal, seu assessor de imprensa em Salvador. Embora tivesse já mais de 30 anos de carreira musical, no estrangeiro e em Angola, Carlos do Nascimento partiu ainda novo, prematuramente, deixando já grande saudade e um lugar insubstituível na cultura angolana. Carlos João Elias Alves do Nascimento, nome artístico de Carlos Do Nascimento, que completaria 60 anos de idade no próximo dia 22 de outubro, faleceu no último dia 8, em Paris, vitimado por um câncer.
Numa mensagem de condolências endereçada à Angop, pelo Ministério da Cultura, estima-se que Carlos
do Nascimento foi um dos mais representativos cantores angolanos na diáspora, entre as décadas de 70 e 80, tendo trabalhado com Bonga, Mário Clington, Very Nice, Nelson Sabino, entre outros músicos. Segundo a mensagem, o saudoso cantor era exímio intérprete e compositor, além de guitarrista, e desempenhou também as funções de adido cultural adjunto da Casa de Angola no Brasil, em Salvador, na década de 90. “Nesta hora de luto e de dor, rendemo-nos perante a notabilidade dos seus princípios, enquanto homem de cultura, sentido patriótico e dimensão criativa e eminente criador. Desejamos paz eterna à sua alma”, concluía a mensagem assinada pelo Ministro da Cultura, Rosa Cruz e Silva.
Carlos do Nascimento começou a cantar nos coros da Igreja de Santo António, na Cuca, em Luanda, mas foi em Portugal que se assumiu como um músico profissional tendo passado por vários conjuntos. Mais tarde foi viver para a Holanda e depois fixou residência na França, onde com Bonga e Mário Clington criou o grupo “Batuque”. Morou também no Brasil, em Salvador, onde gravou partes do seu disco “De frente para o mar” (2004), que marcou igualmente o seu regresso a Angola. Em Fevereiro de 2011 lançou, pela LS Produções, o disco “Afrikan Harmony”.
O músico, compositor e intérprete deixa três discos duplos, porque segundo dizia, “os meus temas são longos e a minha música não é de consumo imediatista”. O cantor deixou um disco por finalizar, onde os seus amigos e familiares comprometeram-se a cuidar da sua edição.
Texto: Roberto Leal
Fonte: ASCOM/Editora Òmnira
Meu grande amigo e colega do primeiro conjunto (grupo) musical,por ele fundado, onde ensaiavamos na igreja de Santo Antônio.Uma grande perda para Angola para sua família,e que me desculpem, também iara mim.Abraco Carlos.
ResponderExcluirSe algum membro do conjunto estiver por aqui,eu sou o Miúdo Jaime,meu número de tel. É 964697556. Abraço
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