PSOL/BA envolto em mistérios, revolta e
crise
Soldados do Exercito 50 se dizem esnobados pelo vereador Hilton Coelho |
Mesmo tendo elegido o primeiro vereador da sua história em
Salvador, as coisas não andam boas no PSOL, o que vem descambando para um clima
de total desconfiança. Denúncias vazaram desde o período de campanha, que o
grupo do vereador Hilton Coelho vem se privilegiando em detrimento das minorias
internas do partido, acusações de que o horário eleitoral do partido foi usado
prioritariamente a favor de alguns, o que proporcionou a revolta de outros
candidatos, que por sua vez buscaram refugio em outras legendas, como foi o
caso de Eduardo Soares, Jadson Dias e Robson Barreto dentre outros, que
trabalharam na campanha vitoriosa do candidato eleito ACM Neto (DEM).
A APS-Ação Popular Socialista corrente interna da qual o
vereador Hilton Coelho é dirigente, brigou recentemente a nível nacional, para
expulsar do partido o único senador, Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) e o prefeito
eleito de Macapá/AP, Clésio Luís. Numa votação apertada, a Executiva Nacional do PSOL decidiu
nesta quinta-feira não levar para o Conselho de Ética do partido o prefeito
eleito de Macapá, Clésio Luís, e Edmilson Rodrigues, candidato derrotado à
prefeitura de Belém. Clésio se elegeu prefeito com o apoio do DEM e de parte do
PSDB do Amapá. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma
Rousseff foram os cabos eleitorais de Edmilson no segundo turno.
Revolta e Crise
As criticas mais recentes que foram passadas dão conta de que o
parlamentar organiza seu mandato sem nenhuma possibilidade de participação,
controle ou observação da cúpula do partido o que vai de encontro ao estatuto e
contra seu próprio discurso muitas vezes repetitivo de controle social dos
espaços de poder... Dão conta ainda que o parlamentar escolheu não dialogar com
os candidatos derrotados da legenda, mas
que contribuíram para a construção desse primeiro mandato, ignorando uma
aproximação corporativista e de cooperação, como também priorizando os
encontros e reuniões para os membros da APS.
Acusações denotam que a APS age como se fosse dona do partido na
Bahia, corrente interna forte, poderio absoluto em assembleias, encontros e resoluções internas, o que subversivamente faz
dela o terror do partido. Temendo um mandato a mão de ferro da APS e não do
PSOL, que é a quem pertence o mandato, ex-candidatos vão se reunir para ver que
providências tomar e que rumos serão dados a esses questionamentos.
A aprovação da resolução nesta quinta-feira pela maioria do
partido, vem com a desculpa de que o
partido saiu vitorioso com a eleição de 49 vereadores - dos quais, 21 são de
capitais e dois prefeitos, foi eleito
Gelsimar Gonzaga para Prefeitura de Itaocara (RJ), além de Clésio Luís em
Macapá (AP). Além disso, comenta-se que o PSOL também está decidido a lançar
candidatura própria em 2014 à sucessão da presidente Dilma Rousseff.
Heloisa Helena lidera
debandada
Com os rumores da possível saída da ex-senadora Heloisa Helena e
que em aliança com Marina Silva, estudam a possibilidade do surgimento de uma
nova legenda, simpatizantes já ensaiam uma debandada do partido, na esperança
de ingressar na nova legenda e continuar acompanhando a trajetória vitoriosa
dessa mulher guerreira, honesta e humilde, que é a vereadora eleita por Alagoas,
Heloisa Helena (campeã de votos - elegendo mais um). Sobre o novo partido que
pode ser batizado de PSV- Partido Socialista Verde, ou até quem sabe
PSDS-Partido Socialista Democrático e da Sustentabilidade, no seu artigo “Da
queixa a arte” da Folha de São Paulo, de sexta-feira, página A 2, a ex-senadora
e ex- ministra do Meio Ambiente do governo Lula, Marina Silva escreveu. “Sobre isso vale a pena iniciar uma agenda de
conversa. Com todos: lideranças politicas, pessoas de movimentos sociais,
juventudes, academia e uma multidão de amigos e colaboradores da campanha de
2010”.
Roberto Leal
Jornalista
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