Escritores em lançamento |
Nem de longe um ingresso de R$ 8 para quem vai visitar uma Bienal de livros é incentivo à leitura, em um enorme espaço, onde se procurava um bebedouro com água e não encontrava, procurava uma informação mais precisa e não se conseguia... Os professores reclamando do uso do vale-livro, das poucas opções de aceitação do tal vale pelos expositores, de onde trocar o seu recibo por vales “estive tomando informações no balcão da Fagga, no estande da secretária e ninguém sabe informar onde pego os vales-livros, a menina que me deu informação, na verdade não soube informar” disse a professora Jô Santos, do Colégio Estadual Manoel Vitorino, mostrando sua indignação com o descaso, com a organização da Bienal.
Autores marcando presença |
Os editores baianos, que foram comtemplados por edital e ocuparam 8 pequenos estandes, não reclamaram, afinal “de graça até injeção na testa”, já dizia o filosofo popular, mas, os poetas, os escritores, se sentiram desprestigiados pelo local das suas falas, apresentações, recitais e exibição das suas obras para venda, que foram colocadas de encontro a parede, no exaustor da praça de alimentação daquele gigantesco espaço, de certa maneira e justa reclamação, uma falta de respeito com o escritor baiano...Para não dizer que as palavras não se consistem e foi gerida em busca de amparo na manifestação, no movimento que ficou mais conhecido como a “Revolta dos Expositores”, no terceiro dia, quando fecharam seus box’s e estandes, às 20 horas, antes do horário previsto na programação, acontecimento nunca antes visto em uma Bienal, reclamando do fraquíssimo movimento.
Não que eu esteja aqui reclamando do Governo do Estado da Bahia, da Secretária de Cultura ou da Fundação Pedro Calmon, estou aqui sim, reclamando da manutenção da Fagga a frente da organização da Bienal baiana... Por que a Fagga, será que não temos na Bahia uma empresa que assuma o setor com a competência costumeira dos baianos? Lembro-me que outrora a Funceb-Fundação Cultural do Estado da Bahia, em conjunto com a Secretária já desenvolveram tal papel e hoje está aqui sendo defendido esse retorno... Não estou aqui para dizer também que não existe conivência, não estou querendo agradar ninguém, como digo que todos tem sua parcela de culpa e erros, devem carregar os seus fardos críticos e até as suas penalidades... Os escritores vão se unir para rever tudo isso, de maneira que não se espantem com o grande número de observadores e suas observações que surgirão ao baixar das portas, as cortinas se rasgarem, é só esperar para ver as farpas se encontrarem e as mascaras caírem... De quem será a culpa dessa vez?
Um verdadeiro papo de criança |
0 comentários: